Mudança Climática
MST fortalece operativa nacional da Cúpula dos Povos para a COP 30
Por Mariana Castro*
Da Página do MST
Cerca de 120 organizações sociais e movimentos populares de todo o Brasil se articulam em mobilização e construção da Cúpula dos Povos rumo à 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém do Pará.
O grupo tem se reunido desde novembro de 2023, a partir da entrega da carta de construção entregue ao presidente Lula, em que é destacada a necessidade de envolver povos da floresta no debate e na construção da política climática.
Entre os dias 18 e 20 de setembro, o grupo operativo nacional da Cúpula dos Povos se reuniu em Belém com foco na construção da metodologia, dos planos de trabalho e da mobilização de recursos.
O encontro representou o fortalecimento e a afirmação de uma articulação plural, popular e ampla que vem se estabelecendo dentro de um processo de acúmulo e projeção para uma grande convocação global das forças populares para o posicionamento de forma unitária no debate do clima, do aquecimento global e do enfrentamento às consequências impostas pelo modelo de desenvolvimento capitalista, como explica Pablo Neri, que compõe o grupo operativo e a direção nacional do Movimento Sem Terra (MST).
“Foi uma reunião operativa, onde discutimos sobre nossa mobilização, sobre o território que queremos construir em Belém do Pará em novembro do ano que vem, como vamos representar essa proposta de transição energética e as pautas políticas de direitos durante a Cúpula dos Povos frente à COP-30”, aponta Neri.
Cúpula dos Povos: um chamado global
A Cúpula dos Povos é considerada um chamado internacional lançado sempre que há eventos internacionais que vão decidir temas cruciais para os povos, reforçando a necessidade de mobilizar a sociedade civil, os movimentos sociais, as redes e fóruns que debatem cotidianamente soluções populares para os dilemas da humanidade.
Durante a reunião em Belém, foi realizado um resgate histórico das experiências vividas em eventos como a Rio+20, a Eco 92 e os Diálogos Amazônicos, a fim de refletir sobre os aprendizados e desafios desses marcos históricos para embasar o processo atual de organização da Cúpula dos Povos frente ao G-20, a ser realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2024 no Rio de Janeiro e frente à COP-30, a ser realizada em novembro de 2025, em Belém do Pará.
“Agora estamos construindo tanto a Cúpula dos Povo frente ao G-20, em resposta às negociatas promovidas pelo grupo de países que vai se reunir no Rio de Janeiro, em oposição a esse sistema colonial, capitalista e também a Cúpula dos Povos frente à COP-30, que vai colocar a proposta popular dos movimentos, da sociedade e dos povos em debate”, explica Pablo Neri.
*Com informações da REPAM-Brasil
**Editado por Fernanda Alcântara