Juventude

MST realiza formação em Comunicação Popular para Juventude Sem Terra, no Mato Grosso 

O MST promove formação para jovens de assentamentos e acampamentos, com o objetivo de fortalecer a comunicação popular e os coletivos de juventude na luta pela Reforma Agrária
Primeira formação em Comunicação Popular para jovens de assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária no estado de Mato Grosso. Foto: Vytoria Pachione

De Vytoria Pachione
Da Comunicação do MST no Mato Grosso

O Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra, junto com o Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes, está promovendo a primeira formação em Comunicação Popular para jovens de assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária no estado de Mato Grosso.

O evento acontece entre 18 a 20 deste mês em dois locais estratégicos: no primeiro dia, na sede da Comissão Pastoral da Terra, localizada no coração de Cuiabá, capital de Mato Grosso. Nos dois últimos dias, as atividades seguem no Centro de Formação Olga Benário, situado no Assentamento Dorcelina Folador, uma área de luta e resistência na região da Baixada Cuiabana, no município de Várzea Grande, também em Mato Grosso.

A formação tem como objetivo fortalecer os coletivos de juventude e comunicação do Movimento dos Trabalhadores e trabalhadoras Rurais Sem Terra nos territórios de reforma agrária. Ao longo destes três dias, estão sendo debatidos o papel da Comunicação Popular nos Movimentos Populares, além de uma roda de conversa sobre a juventude Sem Terra e os desafios na construção da Reforma Agrária Popular.

As atividades da formação também incluem oficinas práticas de design gráfico, edição de vídeo no celular, stencil, batucada e fotografia. O curso será finalizado com a elaboração de um planejamento estratégico a ser desenvolvido nas regiões.

Com a participação de 15 jovens, essa formação é resultado do projeto de Promoção de Sabores em Comunicação Estratégica (PROSAS), idealizado pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). O projeto foi viabilizado por meio de uma bolsa, beneficiando 25 organizações comunitárias de povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares que promovem a conservação e o uso sustentável dos biomas Cerrado e Amazônia. Essa iniciativa não apenas capacita a juventude, mas também reforça a importância da integração entre as comunidades na preservação do meio ambiente.

Lucas Vitorino, filho de assentados na comunidade Antônio Conselheiro, localizado no município de Tangará da Serra, destaca a satisfação de poder participar pela primeira vez de um evento do MST. “Esta é a minha primeira experiência em um evento do MST. Estou muito feliz em ter essa oportunidade. O conteúdo está muito bom; discutir a comunicação, aprender a produzir design, stencil, batucada, fotografia e vídeos é, sem dúvida, um espaço muito bom para nós, jovens. Espero poder vir outras vezes e contribuir com nosso movimento, com a juventude e com a comunicação.” 

Maria Clara Masioli, dirigente estadual do coletivo de juventude do MST de Mato Grosso, ressalta a importância do espaço de estudo para os jovens. Foto: Vytoria Pachione

Maria Clara Masioli, dirigente estadual do coletivo de juventude do MST de Mato Grosso, destaca a importância do espaço de estudo para os jovens, “a formação dos jovens comunicadores e comunicadoras está cumprindo um papel muito importante no estado, promovendo espaços de estudo e oficinas práticas, além de muita animação, que serão levados às regiões. Certamente, isso contribuirá para a organicidade dos setores de comunicação e dos coletivos de juventude, potencializando os processos nos assentamentos e acampamentos.”