Reforma Agrária Popular
No MS, MST retoma ocupações por Reforma Agrária e pressiona Incra
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Da Página do MST
Ao todo, mais de 400 militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) estão na ocupação da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Campo Grande, MS. A ação ocorre sete meses após a ocupação realizada em 17 de abril, durante o Abril Vermelho.
A concentração em frente ao órgão começou por volta das 7h. De forma pacífica, cerca de uma hora mais tarde, os manifestantes ocuparam o interior da sede, localizada na rua Jornalista Belizário Lima, 263 – Vila Glória, em Campo Grande, MS.
No dia 25 de novembro, cerca de 800 militantes do MST no MS realizaram bloqueios nas rodovias federais BR-262 e BR-164, reivindicando uma audiência com o presidente nacional do Incra. A reunião chegou a ser marcada, mas foi cancelada logo após o desbloqueio das vias, sem que uma nova data fosse indicada.
“Em Mato Grosso do Sul, há famílias acampadas há mais de 16 anos, à espera de novos assentamentos”, declara Laura Santos, dirigente nacional do Movimento. O MST redigiu uma carta manifesto com pontos a serem negociados e aguarda manifestação da presidência do Incra em Brasília.
Reivindicações
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A mobilização tem como objetivo pressionar pela distribuição de terras para Reforma Agrária em áreas que já estão em negociação, têm ocupações ou cujos proprietários apresentam irregularidades perante a União.
A Constituição Federal de 1988 prevê a realização de Reforma Agrária em terras improdutivas, ou seja, áreas não utilizadas pelos proprietários. Ela também pode ser implementada em áreas com irregularidades.
O Movimento reivindica assentamentos em áreas localizadas nos municípios de Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Corguinho, Itaquiraí, Japorã, Batayporã e Dourados. Além disso, solicita o assentamento de famílias em fazendas denunciadas por trabalho escravo nos municípios de Anastácio, Antônio João, Nioaque, Iguatemi, Naviraí e Jardim.
*Editado por Fernanda Alcântara