Reforma Agrária Popular
MST em Sergipe realiza debate de conjuntura para refletir sobre os 40 Anos do Movimento
Por Díjna Torres e Luiz Fernando Silva, MST em Sergipe
Da Página do MST
Na manhã desta sexta-feira, dia 27, no auditório do SECA (Sindicato dos Empregados do Comércio, em Aracaju), militantes e lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participaram de um encontro que marcou o encerramento das atividades de 2024. O evento aconteceu na capital sergipana, Aracaju, e abordou a trajetória de 40 anos do movimento, seus desafios organizativos e os caminhos para fortalecer sua atuação política no próximo período.
As integrantes do Grupo de Estudos Agrários (GEA), Débora Nunes, de Alagoas, e Jailma Serafim, do Rio Grande do Norte, trouxeram contribuições relevantes para o debate. De acordo com Débora, a longevidade do MST foi atribuída à sua capacidade de se reinventar.
“A história de 40 anos do MST se deve à capacidade de reinventar sua organicidade. Mas isso não pode ser uma discussão restrita às instâncias de direção. O debate da organicidade tem que chegar em cada acampamento e assentamento para fortalecer as bases”, destacou.
O evento também ressaltou a necessidade de alavancar a autoestima da base como parte do fortalecimento da luta e criar um programa de formação de base permanente, organizado e coordenado, como ferramenta essencial para o desenvolvimento político e social das comunidades.
Jailma Serafim reforçou que a organicidade é um tema permanente no MST e fundamental para consolidar o movimento como uma força política no Brasil, capaz de enfrentar os desafios contemporâneos e conquistar avanços na luta pela reforma agrária popular.
Além disso, uma proposta metodológica foi apresentada para guiar os diálogos internos, priorizando a participação ativa de acampamentos e assentamentos em todo o país. Essa abordagem busca fortalecer a articulação política e estruturar práticas organizativas sólidas, essenciais para o próximo período.
O evento encerrou o ano de 2024 reafirmando que o fortalecimento da organicidade, aliado à autoestima e à formação permanente das bases, é uma estratégia indispensável para que o MST continue a desempenhar seu papel central na luta por direitos e pela transformação social no Brasil.
*Editado por Fernanda Alcântara