Perseguição

MST manifesta apoio à professora Ligia Bahia, defensora da ciência e da saúde pública

Movimento reconhece o legado da professora e sanitarista, em mais de três décadas de dedicação à saúde pública e de qualidade
Foto: Reprodução

Da Página do MST

Nós, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), manifestamos nosso total apoio à professora Ligia Bahia, do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (IESC), que está sendo processada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em razão de afirmações feitas durante a crise da Covid-19.

O processo movido pelo CFM exige retratação e indenização pelas declarações proferidas ao canal do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), nas quais a professora criticou a postura do CFM em relação à vacinação e ao apoio ao uso de cloroquina durante a pandemia, além das manifestações de membros do Conselho contrárias à legislação que permite o aborto em crianças vítimas de estupro.

É importante destacar que as afirmações da professora Bahia, pesquisadora reconhecida nacional e internacionalmente na área de saúde pública, foram baseadas em consensos científicos amplamente aceitos por seus pares e aplicados com sucesso durante a pandemia de Covid-19.

As evidências científicas demonstram a eficácia das vacinas na contenção da doença, com a redução de casos e da gravidade dos sintomas nos infectados, e a ineficácia da cloroquina em seu tratamento.

Ligia é sanitarista e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das vozes mais respeitadas no campo da saúde no Brasil. Com doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a acadêmica tem mais de três décadas de experiência em políticas de saúde, sistemas de proteção social e relações entre os setores público e privado.

Repudiamos a posição do CFM e expressamos nossa solidariedade à professora, reconhecendo sua dedicação à saúde pública e à ciência brasileira.