Reforma Agrária

Símbolo de resistência se converte em imissão de posse para camponeses do MST no estado de Pernambuco

Fazem 14 anos que trabalhadores Sem Terra ocuparam o latifúndio Folguedo, criando o Assentamento José Félix, que beneficia 133 famílias com produção diversificada e resistência contra despejos.

Foto: MST PE

Por Ramiro Olivier Souza
Do MST em PE

Há 14 anos os trabalhadores Sem Terra ocuparam o latifúndio, Folguedo, um antigo engenho improdutivo, em Goiana, localizado na Zona Da Mata Norte pernambucana, que pertencia a Usina Cruangi e hoje renomeado como Assentamento José Félix, em homenagem a uma importante liderança que do Acampamento, que faleceu antes de desfrutar da vitória da imissão de posse. 

A área possui cerca de 1.100 hectares de terra, e vai beneficiar 133 famílias, que já produziam alimentos no antigo latifúndio. Em contraposição à cultura do monocultivo de Cana-de-açúcar, os camponeses e camponesas são exemplos de plantios de alimentos, diversificados para sobreviver dignamente na área, como plantio de mamão, feijão, macaxeira e hortaliças. 

Foto: MST PE
Foto: MST PE

Palco de muita resistência, as famílias sofreram diversas ameaças de despejos, tanto da polícia, como também das milícias, conta o Dirigente Nacional do MST, Fernandinho Silva. “No início tentaram nos tirar por meio da força, era polícia, era milícia, e nós nunca baixamos a cabeça. Resistimos em todas as tentativas, por que éramos unidos”. Afirma o dirigente. 

O anuncio do decreto foi feito pelo presidente Lula, em encontro com o MST em Minas Gerais. A partir de agora as famílias serão atendidas com as políticas públicas, destinadas ao público das áreas de Reforma Agrária, como: Casas e Créditos de instalação.

Foto: MST PE
Foto: MST PE