Mulheres em Luta!

Mulheres Sem Terra realizam mobilização na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Ato denuncia as diversas violências cotidianas que a assembleia do estado vem legitimando na sua atuação

Foto: MST MT

Por Coletivo do MST no Mato Grosso
Da Página do MST

Com o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital”, as mulheres Sem Terra de Mato Grosso participam da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra de 2025, nos dias 12 e 13 de março. As atividades acontecem no marco do Dia Internacional da Mulher com as bandeiras de lutas dos povos do campo, das águas e das florestas. 

No Mato Grosso a atividade acontece com um Ato na Assembleia Legislativa do estado, na capital Cuiabá e conta com a participação de 150 mulheres Sem Terra acampadas, assentadas e de outras organizações camponesas e urbanas de todas as regiões do estado. O Ato tem objetivo de denunciar as diversas violências cotidianas que a assembleia tem legitimado na sua atuação. 

Fotos: MST MT

As camponesas também repudiam alguns projetos de leis que têm sido apresentados na casa legislativa, como: a redução da distância mínima para pulverização de agrotóxicos; a retirada do estado de Mato Grosso da Amazônia Legal, para ampliação das áreas desmatadas; a reclassificação das áreas de Cerrado de Amazônica, dentre outros, que ao fortalecer um modelo de desenvolvimento que se baseia na exploração dos corpos e dos territórios como o agro-hidro-minero negócio naturalizam a destruição da natureza amplificando os efeitos da crise ambiental, e também normalizando a violência contra os sujeitos em resistência, principalmente as mulheres. 

A Jornada de Lutas é uma forma de um enfrentamento coletivo contra as mazelas do agro-hidro-minero-negócio e acontece em todo país de 11 a 14 de março, para exigir que esse modelo seja responsabilizado por seus crimes contra a humanidade e o meio ambiente, assim como para denunciar seus defensores.

Foto: MST MT

Também anuncia a necessidade da Reforma Agrária Popular como caminho necessário para vencer as mazelas provocadas pelo capital.

*Edição: Solange Engelmann