Nota
MST repudia o mandado de reintegração de posse da Suzano Papel e Celulose, no ES
Confira nota oficial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre o mandado de reintegração de posse por parte da empresa Suzano Papel e Celulose, na cidade de Aracruz

Da Página do MST
Na quinta-feira (13), cerca de mil mulheres do MST ocuparam uma área da empresa Suzano, com o objetivo de denunciar o impacto ambiental causado pela monocultura de eucalipto. A liminar para a desocupação saiu no mesmo dia em que a ação foi realizada, e a notificação foi entregue logo na manhã do dia 14. Paralelo às questões judiciais, políticos da extrema-direita ameaçam e provocam as mulheres do MST em frente ao acampamento, e policiais e grupos privados de segurança, acompanhados de cachorros, pressionam e criam clima de insegurança e medo em frente à área ocupada.
A ocupação faz parte da tradicional jornada de luta que as mulheres Sem Terra realizam durante o mês de março, e que esse ano traz o lema: “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra a Capital”.
Ao todo, o MST tem organizado 1.925 famílias nos 11.839 mil hectares de terra em conflito com a Suzano. Destas, seis áreas estão no Espírito Santo, e suas negociações estão paralisadas desde 2023, ano em que foi realizada a última ocupação de terra.
O MST expressa seu repúdio às ameaças sofridas pela extrema direita na região, e à tentativa de reintegração de posse. Reafirmamos nosso combate ao agronegócio, sua violência no campo e os crimes ambientais cometidos por essas empresas. E nos comprometemos em seguir lutando por terra, reforma agrária e em defesa da natureza.
Somos sementes de Marielle! Lutamos para que a função social e ambiental da terra seja para viver e produzir alimentos saudáveis e baratos para o povo brasileiro.
Mulheres Sem Terra, 14 de março de 2025, Aracruz/ES.