Mulheres em Luta
Mulheres Sem Terra de Sergipe fecham a BR-101 e distribuem mais de 5 toneladas de alimentos
Em dia de lutas pelo Brasil, as Sem Terra realizaram um bloquei na BR-101, em Estância, e distribuem alimentos

Por Díjna Torres e Luiz Fernando, MST em Sergipe
Da Página do MST
Na manhã desta quinta-feira, dia 13, cerca de 500 mulheres Sem Terra de diversas regiões de Sergipe protagonizaram uma ação marcante na cidade de Estância, como parte da Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra. Além de realizarem uma caminhada e fecharem a BR-101, rodovia importante no estado, as camponesas distribuíram mais de 5 toneladas de alimentos a quem passava pelo local – incluindo motoristas carreteiros e demais usuários – durante o bloqueio.
A mobilização não só reafirma a luta contra as violências do agronegócio e a destruição ambiental, mas também destaca a solidariedade e o compromisso com as comunidades que enfrentam a precariedade nas estradas, algo destacado ao longo do ato. As mulheres camponesas, unidas na defesa da Reforma Agrária Popular, da soberania alimentar e da justiça social, utilizaram a ação para denunciar o modelo agroexportador que agrava a concentração fundiária e perpetua desigualdades, disseminando informações importantes à população e combatendo as fake news sobre o agronegócio.


Dando continuidade ao dia de luta, as mulheres Sem Terra seguiram para a sede do INCRA, em Aracaju, capital do estado. Lá, entregaram uma pauta de reivindicações ao superintendente local, André Milanez. Entre os pontos apresentados, destacam-se a agilização na obtenção de terras para a reforma agrária, melhorias na infraestrutura dos assentamentos e fortalecimento das políticas de fomento à produção agroecológica. A pauta reforça a necessidade de ações concretas para garantir melhores condições de vida e de trabalho para as famílias camponesas.
Com a palavra de ordem “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital!”, as camponesas reafirmaram a importância de transformar o cenário político e econômico do país, colocando os direitos humanos e a função social da terra como prioridades. A Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra segue como um marco anual na luta por direitos e na mobilização contra o modelo capitalista que beneficia poucos em detrimento de muitos.

*Editado por Fernanda Alcântara