Abril de Lutas

MST SE realiza ocupação durante Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária

Os Sem Terra do estado também realizam mobilizações, atos políticos, protestos, formação e ações de solidariedade, reforçando a luta de caráter massivo

Foto: MST Sergipe 

Por Díjna Torres, MST Sergipe
Da Página do MST

“Ocupar para o Brasil alimentar”, esse é o objetivo central da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária deste ano, uma mobilização anual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o objetivo de chamar a atenção do governo federal para a necessidade da Reforma Agrária no país, além da preocupação com a alta nos preços dos alimentos e o avanço do agronegócio em nosso país. 

Em Sergipe, o MST realiza mobilizações, atos políticos, protestos, momentos de formação e ações de solidariedade, reforçando a linha política da luta neste período, com um caráter massivo. Na madrugada do dia 07 de abril, foi realizada uma ocupação com cerca de 500 famílias, na região metropolitana de Aracaju como enfrentamento à concentração de terras, além da denúncia às violências no campo promovidas pelo agronegócio, e um diálogo com a sociedade, posicionando, novamente a Reforma Agrária como uma pauta urgente no Brasil.

Foto: MST Sergipe 

Para Cleosvalda Maria, assentada, militante e dirigente nacional do MST no SE, é preciso ressaltar a urgência em assentar as famílias que estão acampadas há mais de 20 anos.

“Ocupamos para produzir alimentos e combater a alta dos preços, porque só através da Reforma Agrária teremos uma proposta concreta para enfrentar a crise ambiental. O MST reafirma seu compromisso com a agroecologia e com todas as famílias acampadas e assentadas da Reforma Agrária em Sergipe, na produção de alimentos saudáveis e no fortalecimento das políticas públicas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Quero destacar a importância do dia 7 de abril, como um dia de luta. Esperamos que a nossa Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, iniciada no dia 1º e que segue até o dia 17, seja marcada por grandes ações em todo o país”, afirma dirigente Sem Terra. 

Desde o dia primeiro e até o dia 17 de abril, o MST realiza ocupações de latifúndios, marchas, distribuição de alimentos e protestos em sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em todas as regiões do país.

Vale destacar que o dia 17 de abril marca os 29 anos do Massacre de Eldorado do Carajás, que ocorreu em 1996, quando a repressão policial da Polícia Militar a uma marcha no Pará assassinou 21 camponeses e mutilou 69. Desde então, a data se tornou o Dia Internacional da Luta Camponesa, instituído pela Via Campesina Internacional, para que jamais se esqueça do que aconteceu e para que nunca mais se repita.

*Edição: Solange Engelmann