Jornada de Lutas

Famílias Sem Terra são Intimidadas por Forças de Segurança e Jagunços em Caseara-TO

Famílias do acampamento Beatriz Bandeira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado no município de Caseara-TO, vivenciam uma situação de intimidação e ameaça constante

Foto: MST-TO

Por Vicente Santos
Da página do MST

Durante a Jornada de Luta pela Reforma Agrária, que se inicia em abril e se estende por todo o mês, famílias do acampamento Beatriz Bandeira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado no município de Caseara-TO, vivenciam uma situação de intimidação e ameaça constante.

Na madrugada do dia 16 para o dia 17, as famílias estavam fazendo vigília na beira da  TO 0-80, em memória do massacre de Eldorado dos Carajás, quando a polícia militar do Estado do Tocantins, por meio da Patrulha Rural, iniciou operações de intimidação e cercamento das famílias no acampamento.

O Major Ireniltom, da polícia militar, deixou claro a intenção de intimidar as famílias, afirmando: “Nós vamos ficar aqui o mês todinho, nós não temos pressa de ir embora. Tem policial o dia de sábado, o dia todinho aqui, entre Marianópolis, Caseara, Araguacema.”

Desde a madrugada do dia 16, as forças de segurança continuam patrulhando a região, mantendo uma presença constante e intimidadora. As familiass afirmam que as forças de segurança e os jagunços contratados pelos fazendeiros do agronegócio da região permaneceram à frente do acampamento.

Vídeo: Reprodução

O MST denuncia que a criminalização contra os movimentos sociais do campo e suas lutas no Estado do Tocantins foi amplamente institucionalizada nas estruturas do Estado pelo governador Vanderlei Barbosa. O movimento afirma que o governo entende que a população que reside no campo deve ser encurralada pelos grileiros de terra do agronegócio e pelas instituições de segurança pública ligadas ao poder executivo e legislativo.

No entanto, o MST reafirma seu compromisso com a luta pela Reforma Agrária Popular e garante que continuará resistindo. O movimento destaca que a Constituição Federal assegura o direito de manifestação, o direito à terra e que a Reforma Agrária é um “direito nosso, dever do Estado”.

*Editado por Priscila Ramos