Reforma Agrária Popular
Boulos visita 5ª Feira da Reforma Agrária e destaca papel do MST no combate à fome

Por Vanessa Gonzaga/ Equipe de texto da 5ª Feira da Reforma Agrária
Da Página do MST
Na manhã de sábado (10), esteve pelo Parque da Água Branca o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Entre fotos com a população e o passeio pelas barracas provando a diversidade da produção, ele conversou com o MST sobre a Feira da Reforma Agrária e seu papel como ferramenta de diálogo com a sociedade.
“Já virou um evento da cidade. Você tem o Lollapalooza, a Parada LGBT e a Feira do MST. São os eventos de São Paulo. É um evento que as pessoas esperam”, afirma Boulos, que passeou pelas barracas de vários estados e teve a oportunidade de conhecer e conversar com vários feirantes do Brasil.
Ele também ressalta que a feira extrapola o debate da alimentação e cumpre um papel na disputa das ideias: “Para além de comprar, eu acho que para quem é de esquerda, em tempos em que a gente sabe que a disputa ideológica é pesada, que o bolsonarismo tem força na sociedade, ter momentos de encontro que ao mesmo tempo é cultura, é contato com o movimento de luta, é compra de produtos da agricultura familiar e que também representa para todos esses assentados do Brasil inteiro uma oportunidade de apresentar seus produtos, de vender. A feira é um grande evento”.
Uma das marcas do evento é a solidariedade. 25 toneladas de alimentos foram doadas para entidades que atuam na pauta do direito à alimentação em São Paulo. Boulos elogiou as iniciativas de combate à fome do Movimento Sem Terra. “O MST tem feito um trabalho extraordinário com as cooperativas e com os assentamentos no Brasil inteiro de produção de alimentos. Isso, através do PAA e da CONAB, tem chegado nas cidades, nas cozinhas solidárias, com distribuição de alimento nas comunidades periféricas”.
Por fim, ele apontou também a importância da articulação entre campo e cidade para fazer com que os alimentos saudáveis cheguem para quem mais precisa através da solidariedade e das políticas públicas. “É comida agroecológica feita pela Reforma Agrária chegando na mesa de quem dificilmente teria condições de comprar. Então essa articulação campo e cidade, com movimentos da periferia e iniciativas como cozinhas solidárias nas periferias com o MST, com as cooperativas e com a produção, é decisiva”, finaliza.
*Editado por Fernanda Alcântara