Mulheres em Luta

MST participa da Conferência Livre de Políticas Públicas para Mulheres em Mirante do Paranapanema/SP

Atividade aconteceu no Assentamento Haroldina e contou com a presença de mulheres assentadas e acampadas de toda a região.

Foto: Comunicação MST em SP

Na manhã de ontem, sexta-feira (09), o Assentamento Haroldina, no interior de São Paulo, foi palco da 1ª Conferência Livre de Políticas Públicas para Mulheres Assentadas de Mirante do Paranapanema, na região do Pontal do Paranapanema. O evento reuniu mulheres de diferentes assentamentos e acampamentos da região para discutir demandas, fortalecer a organização feminina e garantir representação na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.

Foi apresentado um panorama histórico das edições anteriores das conferências nacionais, que ocorreram em 2004, 2007, 2011 e 2016. Esta última coincidiu com o processo de impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, que fez ali seu último discurso no cargo, episódio considerado simbólico pela importância do evento como espaço democrático.

Foto: Comunicação MST em SP

A retomada da conferência, agora em sua 5ª edição, é coordenada pelo Ministério das Mulheres e segue um processo dividido em etapas: municipais (ou conferências livres temáticas), estaduais e a nacional. No caso das conferências livres, como a realizada no Assentamento Haroldina, as propostas aprovadas seguem diretamente para a etapa nacional.

Esses encontros abordam pautas específicas de diferentes segmentos, como mulheres indígenas, quilombolas, pescadoras e trabalhadoras rurais, para que cada grupo possa apresentar suas demandas a partir da própria realidade. Foi destacado que as conferências só acontecem em contextos democráticos e que sua ausência, desde 2016, esteve ligada ao enfraquecimento da participação social em governos mais autoritários.

Foto: Comunicação MST em SP

Durante o evento, foi reforçada a importância da presença e protagonismo das mulheres nesse processo, não apenas para levar suas demandas à Conferência Nacional, mas também para fortalecer associações, cooperativas e iniciativas formativas, como o curso de Promotoras Legais Populares, que ajudam na compreensão dos direitos e no enfrentamento das dificuldades do cotidiano.

Ao final dos debates, três propostas foram aprovadas para serem encaminhadas à 5ª Conferência Nacional, e quatro mulheres foram eleitas como delegadas, representando a realidade das assentadas de Mirante do Paranapanema na etapa nacional.

Foto: Comunicação MST em SP