Feira da Reforma Agrária
Confira 7 produtos que você só encontra na Feira Reforma Agrária em Maceió (AL)
Entre alimentos in natura, pequenos processados e artesanato, Feira reúne a diversidade da produção da Reforma Agrária em Alagoas

Por Laura Gomes*
Da Página do MST
A 24ª edição da Feira da Reforma Agrária do MST em Alagoas, reúne uma diversidade de alimentos e produtos vindos de todas as regiões do estado. A atividade acontece entre os dias 03 e 06 de setembro, na Praça da Faculdade, no bairro do Prado, em Maceió.
Com mais de duas décadas de tradição, a Feira é realizada em 2025 com força total e pretende comercializar cerca de 350 toneladas de alimentos saudáveis, que vão desde produtos in natura até itens agroindustrializados, produzidos por mais de 150 feirantes de assentamentos e acampamentos em Alagoas.
Confira sete produtos únicos que os visitantes só encontram na Feira da Reforma Agrária organizada pelo Movimento.
Banana chips agroecológica
O chips de banana produzido por dona Zilma Maria, de 60 anos, é um verdadeiro sucesso. Feito a partir da banana-da-terra cortada em rodelas finas e fritas, ou assadas, é uma opção saborosa para quem gosta de experimentar frutas de formas diferentes.
A banana utilizada vem do assentamento Dom Helder, em Murici, e já se tornou marca de dona Zilma. Primeiro ganhou destaque nos mercados da cidade, depois se popularizou nas edições da Feira da Reforma Agrária.

Arroz orgânico
Reconhecido há mais de 10 anos como o maior produtor de alimentos orgânicos do Brasil e da América Latina, o MST já produziu mais de 16 toneladas de arroz orgânico nos assentamentos do Movimento no Rio Grande do Sul. Em 2025, o produto está novamente disponível na Praça da Faculdade, na 24ª Feira da Reforma Agrária, em três variedades: branco, integral e cateto.
O arroz orgânico das famílias assentadas já é conhecido por muitos consumidores, consolidando-se como uma alternativa ao modelo convencional de produção.

Ingá
De aparência peculiar, com sementes envoltas por uma polpa branca e adocicada, o ingá fez da banca da produtora Deusdete Avelin, de 63 anos, uma das mais concorridas já no primeiro dia de feira.
Produzida no Assentamento Fidel Castro, em Joaquim Gomes, a fruta chegou à produção de Deusdete após um técnico agrícola levar sementes para a comunidade. Além do sabor característico, o ingá, tipicamente amazônico, é conhecido também pelo aroma de sua floração, que perfuma todo o entorno do ingazeiro.

Jenipapo cristalizado
Entre os 150 feirantes, a banca de Marinalva, mais conhecida como Dona Nalva, de 59 anos, é a única que oferece jenipapo cristalizado. Vindo do Assentamento Pé de Serra, em Joaquim Gomes, o produto se tornou uma verdadeira iguaria.
Dona Nalva conta que costumava consumir e vender o jenipapo in natura até que, há cerca de três anos, uma colega lhe ensinou o passo a passo para cristalizar a fruta. Apesar de ser um item pouco comum pelo agridoce da fruta, ela afirma que a procura cresce a cada feira.

Muda de açaí
O viveiro Chico Mendes, organizado pelo coletivo do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, é responsável por trazer as mudas de açaí para a 24ª Feira da Reforma Agrária em Alagoas.
Atualmente, as mudas são utilizadas para agregar valor às comunidades, além de serem árvores frutíferas que ajudam a difundir a cultura do açaí no estado, pouco conhecida até então. Agora, os visitantes da feira podem levar para casa sua própria muda!

Artesanato com fibra de bananeira
Os visitantes também não deixam de notar os artesanatos de Girlene Leonardo Lopes, de 42 anos, que produz peças com fibra de bananeira. A cor amarelada e discreta ganha destaque pelas diversas formas criadas pela feirante.
Participante das feiras do MST desde 2002, a artesã de Atalaia é parceira do Movimento e explica que, após a pandemia de Covid-19, os artistas têm se esforçado para reconquistar os clientes fixos e retomar as vendas como antes.

Bonés do MST
E, claro, não poderiam faltar os queridinhos bonés do MST! A banca oferece uma variedade de modelos e cores.
Segundo Dulce Martins, de 44 anos, do assentamento Marielle Franco, em Atalaia, os modelos mais disputados pelos visitantes são os com a bandeira LGBTQIAPN+, o preto com a bandeira de Cuba e o clássico vermelho do MST também com a bandeira de Cuba.

*Comunicação da Feira