Agricultura Familiar
Feira do MST no Sergipe reuniu agricultura familiar e cultura popular em Aracaju
Evento ocorreu de 2 até 5 de setembro reunindo feirantes de todo o estado, fortalecendo a conexão entre trabalhadores do campo e da cidade

Foto: Luiz Fernando, do MST Sergipe
Por Díjna Torres, do MST Sergipe
Da Página do MST
Entre os dias 2 a 5 de setembro, a Praça Fausto Cardoso, no coração de Aracaju, Sergipe, se transformou em um grande espaço de convivência, resistência e celebração da agricultura familiar com a realização da Feira Estadual do MST Sergipe. O evento reuniu feirantes de diversos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária no estado, fortalecendo a conexão entre entre trabalhadores do campo e da cidade por meio da oferta de alimentos saudáveis, da economia solidária e manifestações culturais que refletem a diversidade do povo sergipano.
A Feira é uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e tem como objetivo valorizar a produção da agricultura familiar dos territórios da Reforma Agrária, além de promover o diálogo com a sociedade urbana sobre os direitos à terra, à alimentação saudável e à cultura popular.
Além da Feira, a programação cultural foi um dos grandes destaques do evento, com apresentações que fortalecem a identidade e a ancestralidade popular. Passaram pelo palco nomes como o Trio Acauã, com seu forró pé de serra autêntico; o grupo Descidão dos Quilombolas, que representa a resistência e a cultura afrodescendente dos territórios quilombolas; e o artista Dé da Serra, trazendo o canto da terra e da luta.


Fotos: Luiz Fernando, do MST Sergipe
A Feira Estadual do MST também conformou-se como espaço de formação política, com troca de saberes sobre temas como agroecologia, soberania alimentar, educação do campo, feminismo popular e juventude rural. “Esta Feira é mais do que a venda de alimentos. É um espaço de afirmação da luta do povo do campo, de valorização da cultura e de construção de alternativas concretas para uma sociedade mais justa e saudável”, afirma Cleosvalda Maria, da Direção Nacional do MST.
Ao ocupar o centro da capital sergipana, a Feira mostrou os sabores e as belezas da cultura camponesa, e que sua existência é essencial para o presente e o futuro do país, evidenciando que a produção dos assentamentos e acampamentos do MST em Sergipe representa mais do que sustento: é resistência, é projeto de sociedade, é cultura viva que brota da terra.

Foto: Luiz Fernando, do MST Sergipe
Durante o evento, foi selado o compromisso com a solidariedade da classe trabalhadora da cidade, com a realização de ato com a doação de alimentos promovidas pelos feirantes a iniciativas solidárias de combate à fome. Contudo, ao longo dos três dias de atividades, a Feira se consolidou como uma oportunidade única de conhecer de perto a força da agricultura familiar camponesa e da cultura popular em Sergipe.
*Editado por Lays Furtado