Educação

MST realiza a II Turma do Curso Básico de Educação e Agroecologia na Região Sul

Evento reforça o compromisso do MST com a educação do campo, visando empoderar educadores e estudantes na luta por justiça social e direitos educacionais

Foto: Nathália Tiemy Yamaguchi

Da Página do MST

No domingo, 02 de novembro, iniciou o 2º Curso Básico de Educação e Agroecologia da Região Sul. O Curso, que irá até o dia 08 de novembro, acontece na Escola 25 de Maio, em Fraiburgo – SC, com 75 participantes, entre eles educadores e educadoras das Escolas do Campo, das Cirandas Infantis e técnicos da Ater dos estados do PR, RS e SC.

Fruto da parceria entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e com o apoio do Instituto Federal do Paraná (UFPR), a ação ocorre por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (SECADI), tendo por objetivo fortalecer estratégias formativas de enfrentamento à crise climática e construir caminhos de defesa e preservação da natureza, integrando a Agroecologia à realidade concreta das práticas educativas nos contextos das áreas de Reforma Agrária.

Ainda dentre os objetivos, pretende avançar na elaboração teórica e prática da agroecologia como parte da formação das crianças, jovens, adultos e idosos do campo e reafirmar o papel da educação básica dos acampamentos e assentamentos na massificação da agroecologia, na perspectiva da construção da Reforma Agrária Popular, tendo em vista o valor político, ético, formativo e pedagógico da agroecologia para o fortalecimento da Educação do Campo na educação das novas gerações e na formação continuada dos educadores e educadoras.

Para alcançar o objetivo proposto, estão sendo trabalhados temas relacionados à Questão Ambiental e Agrária, à Conjuntura Educacional, Diversidade e Relações Humanas em interface aos fundamentos do pensamento agroecológico e à agroecologia como Projeto Político e a socialização de práticas agroecológicas desenvolvidas nos estados da região. Também será desenvolvido o estudo dos agroecossistemas no território da Escola 25 de Maio, coordenado pelo Educador e Agroecólogo José Maria Tardin. Cada núcleo de base irá desenvolver o trabalho de campo em um dos subsistemas (agrofloresta, culturas anuais, viveiro, pomar de maçã, animais, gestão e processo pedagógico), a partir de questões previamente elaboradas, realizando uma análise e sistematização das observações, considerando as categorias de trabalho.

A partir dos estudos, debates e trocas de experiências, busca-se avançar na consolidação da agroecologia como matriz produtiva e fortalecer o enfrentamento ao agronegócio e à crise climática.

Foto: Nathália Tiemy Yamaguchi

O Curso Básico de Educação e Agroecologia teve início na região Nordeste, que realizou sua sexta edição em setembro deste ano. A partir de 2023, considerando os desafios da formação continuada dos educadores e educadoras e o fortalecimento da Educação do Campo, buscou-se a nacionalização do curso, realizando agora a segunda edição na região Sul, a realização da primeira edição na região Sudeste entre os dias 19 e 22 de novembro em São Matheus no Espírito Santo e a segunda edição na região amazônica no mês de fevereiro.

Simultaneamente ao curso, ocorre a Reunião de Estudo e Planejamento da Frente da Infância Sem Terra do Setor de Educação do MST, com a participação de educadoras e educadores das cinco regiões, com intuito de discutir sobre os desafios formativos com a infância, seja no trabalho educativo das Cirandas Infantis como na Educação Escolar, perpassando a produção de materiais, a formação continuada das educadoras (es), diagnóstico da educação infantil nas áreas de Reforma Agrária e linhas de ação para o próximo período.

Simultaneamente ao curso, ocorre a Reunião de Estudo e Planejamento da Frente da Infância Sem Terra do Setor de Educação do MST, com a participação de educadoras e educadores das cinco regiões, com intuito de discutir sobre os desafios formativos com a infância, seja no trabalho educativo das Cirandas Infantis como na Educação Escolar, perpassando a produção de materiais, a formação continuada das educadoras (es), o diagnóstico da educação infantil nas áreas de Reforma Agrária e linhas de ação para o próximo período.

A coleta de experiências será fundamental para a construção de propostas novas que atendam às necessidades emergentes, consolidando a atuação do MST e reforçando a importância da inclusão social no campo. O fortalecimento da relação entre a educação e as práticas agroecológicas visa não apenas à formação de sujeitos críticos, mas também à construção de um futuro mais sustentável e justo.

As discussões girarão em torno da importância da educação no campo, refletindo sobre as práticas pedagógicas que promovem a dignidade, o respeito à diversidade e o fortalecimento do movimento popular. Encerra-se assim mais uma etapa de um trabalho contínuo e transformador que busca garantir o direito à educação de qualidade para todos, especialmente aos que vêm dos contextos de reforma agrária e que enfrentam desafios diários na luta por seus direitos.

Foto: Nathália Tiemy Yamaguchi

*Editado por Fernanda Alcântara