Solidariedade

Nota do MST no Paraná sobre a tragédia provocada pelo tornado que atravessou o estado

Nota sobre os graves impactos do tornado que atingiu o estado em 7 de novembro de 2025, deixando mortos, feridos e grande destruição em acampamentos e assentamentos. O Movimento organiza ações de solidariedade.

Foto: Diangela Menegazzi

Da Página do MST

É com profunda tristeza que comunicamos os resultados da destruição provocada pelo tornado que atingiu o Paraná nesta sexta-feira, 7 de novembro.

A tragédia assolou diversos municípios e milhares de pessoas, entre elas centenas de famílias camponesas Sem Terra, acampadas e assentadas.

No assentamento Nova Geração, em Guarapuava, um companheiro faleceu e dois ficaram feridos, e seguem hospitalizados.

Em Rio Bonito do Iguaçu, o perímetro urbano foi o mais afetado, com estimativa de 80% das construções destruídas. As comunidades do MST atingidas neste município foram os acampamentos Herdeiros da Terra de Primeiro de Maio e Antônio Conrado, e os assentamentos Ireno Alves e Marcos Freire. No município de Porto Barreiro, o acampamento Porto Pinheiro, também foi duramente atingido.

Além de diversos companheiros e companheiras feridas, o tornado destruiu total ou parcialmente barracões comunitários, escolas, casas, estruturas de produção, lavouras, derrubou árvores e

Diante da tragédia, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passou a se somar nas mobilizações de solidariedade. Desde a noite do dia 7, mais de 30 militantes têm participado da organização e produção de lanches e marmitas para as famílias que estão desalojadas.

Foto: Diangela Menegazzi

De diversas regiões do estado, estão se organizando brigadas de apoio para se deslocar aos locais atingidos, para limpeza e reconstrução das moradias e estruturas das comunidades do MST, e também na área urbana.

Agradecemos as diversas mobilizações de apoio e doações que estão sendo destinadas para a reconstrução das nossas comunidades. Ao final da nota estão os dados oficiais do MST para doações.

O que se vive no Paraná é mais uma expressão da crise climática e ambiental que avança sobre o planeta, resultado direto de um modelo de desenvolvimento capitalista, que destrói a natureza, concentra riquezas e empurra o povo para a vulnerabilidade.

Foto: Diangela Menegazzi

Às vésperas COP30, que será realizada em Belém do Pará, nos próximos dias, esta tragédia é um alerta urgente: sem justiça social, não haverá justiça climática. É preciso enfrentar as causas estruturais da destruição ambiental e fortalecer os caminhos da agroecologia, da soberania alimentar, da Reforma Agrária Popular e da solidariedade.

Toda a nossa solidariedade e trabalho permanente com todas as famílias atingidas.

8 de novembro de 2025

Direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná

Para doações:
Razão Social: Associação Marmitas da Terra
CNPJ: 55.025.405/0001-76
Banco: Crehnor Laranjeiras – 350
Agência: 3001
Conta Corrente: 33506-1
Chave Pix: [email protected] (e-mail)

Pontos para arrecadação de alimentos e material de construção:

Maringá:
Escola Milton Santos de Agroecologia
Contato: (44) 99813-0449 / Cassina

Quedas do Iguaçu:
Comunidade Dom Tomás Balduíno
Contato: (46) 99971-6454 / Jonas

Curitiba:
Cefuria, Rua desembargador Motta, 2791
Contato: (43) 9603-6514 / Alisson