Cultura Popular
MST e Acadêmicos do Tatuapé carnavalizam a Reforma Agrária Popular em SP
Evento reuniu 2 mil amigos e amigas do Movimento que prestigiaram à resistência da luta pela terra e da cultura popular

Foto: Regina Jerônimo
Por Guilherme Guilherme
Da Página do MST
Neste sábado (22), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se uniu à Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé para receber os amigos e amigas do Movimento, em um evento repleto de feijoada e samba, transformando o Espaço Cultural Elza Soares, em um grande terreiro entrando em clima de carnaval em São Paulo.
Durante o evento foi apresentado ao público o samba-enredo da Escola do carnaval 2026, intitulado: “Plantar para colher e alimentar: tem muita terra sem gente, tem muita gente sem terra”; enredo inspirado na luta do povo Sem Terra, pela Reforma Agrária e na produção de alimentos da agricultura familiar camponesa. Aproximadamente 2 mil pessoas prestigiaram à atividade e saborearam uma deliciosa feijoada, preparados pela companheirada da Cozinha Dona Ilda Martins.
Entre os artistas que realizaram apresentações culturais estiveram presentes o Mestre Thiago com participação de Marco Antônio da Nenê de Vila Matilde, Elizeth Rosa da Vai-Vai, Simone Tobias da Camisa Verde e Branco, Luis Carlos e Tigana da Acadêmicos do Tatuapé, que animaram à todos com uma linda roda de samba.
Em seguida, abriram as alas do Espaço Cultural a comissão de frente, bateria, os passistas, os mestre-sala e porta-bandeira da Acadêmicos do Tatuapé, apresentando as composições da escola, e o samba-enredo do próximo carnaval, que traz em seu refrão:
“Tem festa na roça, até o amanhecer
Divide esse chão, pro nosso povo colher!
Tatuapé, me chama que eu vou!
Puxe o fole sanfoneiro, no toque do agogô!”

Foto: Íris Rodrigues
Emocionado com o encontro entre à classe trabalhadora do campo e cidade, João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, destacou a importância simbólica do enredo: “Agradeço muito a companheirada da escola de samba pela ousadia de fazer um enredo que dialoga com o Brasil camponês, indígena e quilombola, o Brasil que produz alimento. Este samba tem compromisso com o país e com o nosso povo.”
No carnaval, a porta-bandeira representa uma guardiã do símbolo e de sua agremiação do samba. E neste encontro do Movimento Sem Terra com à Escola Acadêmicos do Tatuapé, ficou marcado pela união de duas bandeiras que juntas tremularão na principal passarela do samba paulista representando toda à comunidade da Tatuapé e do povo Sem Terra, em sua luta engajada por justiça social e pela Reforma Agrária Popular no Brasil.



Fotos: Regina Jerônimo
*Editado por Lays Furtado



