Encontro Estadual
MST em MG encerra 34º Encontro com processos formativos e reflexão para o próximo período
Ao longo dos 3 dias de encontro, debates, formação e atos simbólicos mobilizaram os corações e mentes Sem Terra em Governador Valadares

Por Flora Villela
Da Página do MST
Aconteceu no último final de semana, entre os dias 12 e 14 de dezembro, o 34º encontro estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas Gerais. O evento se deu no assentamento Oziel Alves, no município de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce mineiro. Em seu encerramento, tomaram posse os integrantes da nova direção e coordenação nacional por Minas Gerais, que terão um mandato de 3 anos pela frente.
Com participação de mais de 300 militantes, de todas as regiões do estado, o encontro foi um momento de balanço e projeção dos próximos passos do Movimento no estado.
“Foi um momento importante de balanço das ações que construímos esse ano e da projeção dos nossos próximos passos, mas também de vivência da mística que alimenta a nossa luta, de encontro da nossa militância e de se animar na coletividade para os desafios que virão” apontou Luana Oliveira, integrante da coordenação nacional do MST por Minas Gerais,.
Dentre os destaques, ao longo desses 3 dias, estão assembleias de formação e debate; um ato político que comemorou a assinatura do Programa de Recuperação Econômica Agroecológica dos Assentamentos da Bacia do Rio Doce e o lançamento das candidaturas parceiras do MST para o legislativo.

Acerca do Ato Político que marcou o encontro, Fábio Nunes, da coordenação nacional do MST, explica. “O ato político que realizamos no sábado reafirmou, no marco dos 10 anos do crime da Vale na Bacia do Rio Doce: sem anistia aos crimes da mineração. Sabemos quais interesses as mineradoras representam e não vamos recuar em seguir exigindo, com luta, os nossos direitos. Em fortalecer a Reforma Agrária Popular e defender os bens comuns da natureza no estado de Minas Gerais através dos Programas Populares de Agroecologia, porque a reparação é o povo quem faz”.
A mística Sem Terra, como aponta Luana, marcou presença em todos os dias, mobilizando as consciências e sensibilidades da militância para as diversas frentes de luta contra a opressão. Foram realizadas ainda assembleias específicas para debater a organização das mulheres e da juventude Sem Terra em Minas, sem perder de vista o debate sobre a conjuntura política estadual, nacional e internacional. Também foi tema de estudo a nova estrutura organizativa do Movimento a nível nacional e estadual, com a recomposição das instâncias nacionais desde a representação do MST em Minas Gerais.
“Com a centralidade no estudo da conjuntura e da tática pro próximo período, saímos do encontro apontando a ampliação da produção de alimentos, de comida saudável em nossos territórios, o enfrentamento à mineração no estado e a luta popular como caminho para acumular forças em 2026”, explica Luana.
Na mesa de encerramento do encontro, Kelly Gomes, também da coordenação nacional do MST, reafirmou a tarefa central do MST em 2026. “A nossa militância Sem Terra está animada e comprometida a fazer a luta pela terra, em defesa do meio ambiente e da democracia nesse próximo período”, finaliza a liderança Sem Terra.

*Editado por Fernanda Alcântara



