Ato em Pernambuco marca homenagem aos dois anos da morte de Chávez
Da Página do MST
Na semana em que se completam dois anos da morte do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, movimentos sociais de todo o mundo realizam diversas atividades para homenagear o comandante venezuelano e expressar sua solidariedade à revolução bolivariana.
Na última quinta-feira (5), foi realizado no Centro de Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia, em Caruaru (PE), um ato de solidariedade ao povo venezuelano e em homenagem a Chávez.
O ato contou com a presença de diversas representações de movimentos sociais, partidos e ouras organizações, como também da Consulesa da Venezuela.
A solenidade procurou resgatar o legado de Chávez e a sua importância para a construção de um novo tipo de socialismo, o que Chávez veio a denominar de Socialismo do Século XXI, ou o Socialismo Bolivariano.
Para o monge beneditino, escritor e teólogo Marcelo Barros, “Chávez deixa para nós um legado de esperança pela transformação revolucionária da América Latina”. Ele também relembrou uma passagem de Dom Oscar Romero pouco tempo antes de ser assassinado, onde chamava a atenção dos que o cercavam, alertando-os que ele estava correndo risco de vida e exclamava que “se eu vier a morrer, voltarei renascido no povo”.
Para Barros, isso remonta a vida de Chávez, que por seu espírito de luta e sua dedicação a revolução e ao povo venezuelano, pôs sua vida e seu tempo a serviço dos povos latino americanos, seu espirito de sacrifício humano, de solidariedade para com os outros povos e com a justiça social. Marcelo Barros ressaltou que neste sentido “Chávez deixou como legado a esperança” e que sendo assim, “todos somos Chávez.
Para Jaime Amorim, da coordenação nacional do MST, “mesmo com uma burguesia raivosa que domina os meios de comunicação e todos os dias vem tetando desestabilizar o governo, Chávez trouxe uma nova esperança para o povo da América Latina. Trouxe, mesmo dentro do modelo republicano de democracia, avanços inimagináveis num modelo de sistema de poder organizado da forma como está na América Latina.
Hoje, o nosso ato de lembrar Hugo Chávez é um ato de reflexão para sermos cada vez mais coerentes com as posições do comandante, dos valores que ele cultivou, porque o sonho dele continua, e estamos dispostos a defender o seu legado e a sua esperança com todas as nossas forças”.
Como símbolo desse legado, foram plantas árvores num canteiro onde será organizado um bosque. Os ipês que foram plantados simbolizam a esperança que Chávez nos deixou, como também a força e a beleza de um povo que vem lutando por sua libertação a muitos séculos.
A então Consulesa da Venezuela Cármen Teresa Navas Reyes, disse que Chávez tinha um sonho, que era o de ver, assim como Bolívar, uma América Latina unida e instituída em um só povo. E que não havia um melhor espaço para este momento do que o Centro de Formação Paulo Freire, pelo fato de Pernambuco ter na história das lutas do passado essa forte ligação entre o general Abreu e Lima e Símon Bolívar.
Para ela, “este dia é para nós, um dia de extrema importância, porque Chávez nos deixou não somente o seu legado, mas, a esperança de uma América Latina como nosso antepassados imaginaram.”
O ato foi encerrado com uma apresentação da tipicidade da cultura pernambucana, o frevo e o maracatu. O saldo político que a solenidade deixa é o resgate do legado e a memória de Chávez como uma referência histórica e um exemplo humano a seguir. Chávez nos deixa um legado de esperança, de vida, e principalmente de um sonho, o sonho de uma América Latina unida em um só povo.