Nada de comemoração, sorteios e shows: 1º de maio será de luta

Em todo o país vão acontecer atos conjuntos que terão no centro da pauta a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política.

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Da Página do MST*

Nada de comemoração, sorteios e shows: neste ano, o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, será de luta contra agenda conservadora.

Ao menos, é assim que as principais centrais sindicais estão interpretando as atividades para a próxima sexta-feira (1°).

Junto a movimentos sociais e estudantis, em todo o país vão acontecer atos conjuntos que terão no centro da pauta a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política.

Este 1º de Maio acontece num contexto diferente dos últimos anos, em que a classe trabalhadora está correndo o risco de perder diversos direitos trabalhistas.

No Legislativo, a recente aprovação do Projeto de Lei 4330 pela Câmara dos Deputados amplia a terceirização para todos os setores da empresa e rebaixa salários, direitos e conquistas.

No Executivo, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 dificultam o acesso a abono salarial, seguro desemprego e auxílio doença.

Para Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), “a direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país, e conseguirá se não fizermos enfrentamento”, alerta.

Por isso que para ele este ano a data será um marco da luta e da resistência dos trabalhadores para fazer o enfrentamento nas ruas contra estes projetos.

“Será um grito pela liberdade, pela democracia e pela construção de uma sociedade menos desigual. Para isso precisamos de uma reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha, precisamos da regulação dos meios de comunicação para que tenhamos democracia e pluralidade, para que avancem pautas trabalhistas como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, a regulamentação do direito de greve e negociação no serviço público, a reforma agrária. Tudo isso depende do Congresso”, aponta Freitas.

Ato

Na capital paulista, as atividades se iniciam às 10h com ato ecumênico no Vale do Anhangabaú, no centro.
A concentração será a partir das 9h, na Praça da República, Largo do Arouche, Estação da Luz e Pátio do Colégio, de onde sairão caminhadas até o Anhangabaú.

Para as 11h, está previsto o ato político/cultural, com a rapper Pame’lloza e Grupo Mistura Popular.

A partir das 13h começam as apresentações musicais, com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa.

*Com informações da CUT