Sem Terra ocupam fazenda no PA e denunciam crime ambiental

A área, que está abandonada, recebia recursos públicos para a produção de palmito.

 

Da Página do MST 

 

Nessa sexta-feira (26), cerca de 260 famílias ligadas ao Sem Terra, ocuparam a fazenda Sopalme, no município de Benevides, no Pará.

A área, que está abandonada, recebia recursos públicos do Banco da Amazônia S/A (Basa) e do Banco do Brasil para a produção de palmito.

Após a falência da empresa, o terreno foi hipotecado e atualmente serve para extração de areia caracterizando prática de crime ambiental.

 

Após montarem acampamento na área, as famílias perceberam a chegada de duas viaturas da polícia militar. Os policiais ameaçaram prender todos que estavam no local e, com palavras agressivas, tentavam intimidar principalmente as mulheres.

No local existe também uma pista de pouso para pequenos aviões. Logo após a ocupação, alguns desses aviões faziam voos rasantes para intimidar as famílias.

A área fica em frente ao complexo da empresa Natura e é cobiçada por grandes empresas da região devido ao projeto pioneiro da produção de palma que existe no Pará.

O acampamento recebeu o nome de Terra Cabana, em homenagem aos 180 anos da Cabanagem.

O objetivo do Sem Terra é implantar um projeto agroecológico para fazer o enfrentamento contra a instalação do grande capital e contra as multinacionais que querem criar na região o maior pólo de produção de biodiesel do mundo através do cultivo de larga escala da palmeira do dendê.