Jovens Sem Terra debatem os desafios da formação na Serra Gaúcha
Por Antonio Kanova
Da Página do MST
Fotos Rafael Batista
Entre os dias 13 e 29 de janeiro, 57 jovens Sem Terra vindos dos estados da região Sul do país e de Pernambuco reuniram-se em Veranópolis, na Serra gaúcha, para debater os desafios da Reforma Agrária Popular e as tarefas de organização da juventude dentro dos acampamentos e assentamento.
Para Jeane Soares, do coletivo de juventude do MST, “é preciso dar continuidade na articulação e na formação política da juventude que está acampada e assentada, para que possam continuar um legado de luta” afirmou
Já Patrícia Matos, educanda que participou da formação, vê no curso a possibilidade de formar dirigentes da juventude que possam criar as condições para que outros jovens também participem de atividades de formação política.
“Consegui adquirir conhecimento para que eu possa contribuir na minha região. O grande desafio é conseguir trazer mais jovens para o curso”, afirma.
Durante os dias de formação os jovens estudaram a história da luta pela terra, do MST e a questão agrária no país, a juventude também teve a oportunidade de conhecer a história das revoluções na América Latina, perpassando desde a revolução mexicana até o legado do comandante Che Guevara.
Lucas Nogueira, do coletivo de acompanhamento político e pedagógico ressalta a identidade revolucionária do curso.
“O primeiro contado da juventude é o Che, tendo ele como uma referencia revolucionária”, explicou Lucas Nogueira, do coletivo de acompanhamento político e pedagógico.
Os jovens também realizaram oficinas de teatro, batucada, palhaço e produções de materiais. A ideia é que as aulas sejam reproduzidas para a juventude dos acampamentos, assentamento e nas escolas do campo.
O objetivo do curso é que ao término os jovens sairão com o espirito de luta renovado, cheios de energia para continuar a desenvolver as atividades e as tarefas do MST.