Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza ato político em solidariedade ao MST

Será discutido o acirramento da criminalização dos movimentos sociais após o impeachment do governo Dilma e a continuidade na implantação do golpe

 

Por Geanini Hackbardt
Para Página do MST

Acontece nesta quarta-feira (09/11), a partir das 13h, um Ato Político em solidariedade ao MST, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

 

O Ato tem como tema do acirramento da criminalização dos movimentos sociais após o impeachment do governo Dilma. Para o MST, o golpe não se encerra, há um projeto mais amplo em processo de implantação, como afirma Ester Hoffman, da Direção Nacional. 

 

“O golpe não foi um evento, ele está acontecendo com a retirada dos nossos direitos, com o aumento da repressão e da criminalização através de uma articulação de empresas, judiciário, polícia e mídia. Esta é a estratégia da direita para a retomada da implantação do projeto neoliberal no país”, explica. 

 

Para a dirigente, as consequências do momento político atual no campo vão além da perda de políticas públicas essenciais à vida da agricultura familiar. 

 

“O governo ilegítimo instaurado, abre brechas para a atuação truculenta e repressiva, com objetivo de aniquilar organizações democráticas de oposição, como o MST. A invasão da nossa Escola Nacional, e a matéria infame veiculada pela Globo são sinais disto. Elas também estão articuladas com a tentativa na Câmara de instaurar uma [Comissão Parlamentar de Inquérito] CPI sobre o  [Instituto de Colonização e Reforma Agrária] INCRA e a [Fundação Nacional do Índio] FUNAI”, destaca Ester. 

 

A resposta da sociedade civil também ocorre de forma imediata. No último sábado (5/11), um ato com mais de mil apoiadores do MST foi realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes e vários outros estão sendo organizados pelo Brasil.

 

“A classe trabalhadora brasileira, a juventude e os movimentos populares, não estão calados. Há centenas de ocupações acontecendo em todo país. Essa é nossa posição, resistir aos retrocessos e continuar lutando, como sempre o fizemos. Não haverá trégua enquanto atentarem contra a democracia”, conclui Ester. 

 

*Editado por Solange Engelmann