Em Minas, cesta de Natal trás delícias da culinária mineira

A cesta Guimarães Rosa foi preparada pelo MST para traduzir a identidade da culinária no estado

 

Por Geanini Hackbardt
Da Página do MST

Manteiga de garrafa, melado de cana, rapadura, farinha de mandioca e a  boa cachaça mineira. A cesta Guimarães Rosa foi preparada pelo MST para traduzir a identidade da culinária de Minas Gerais nas festas de final de ano, reunindo os melhores sabores das áreas de Reforma Agrária.

É a primeira experiência de comercialização das cestas no estado, mas o objetivo é que o projeto se expanda para o próximo ano, como projeta Bruno Diogo, da direção do setor de produção. “Estamos nos preparando para redimensionar a comercialização na região metropolitana, além das cestas de natal e feiras, em 2017 vamos inaugurar nosso Armazém do Campo mineiro, a loja da Reforma Agrária em Belo Horizonte”.

Ele explica que a loja integrará uma rede que mostrará a diversidade de produtos cultivados pelos Sem Terra.

“Nos moldes do Armazém em São Paulo, teremos produtos agroindustriais, como estes que compõem a cesta, mas também estamos planejando o comércio de frutas, verduras e legumes in natura. Além disso, será um espaço de confraternização para tomar um café ou uma cerveja, debater política com os amigos no happy hour diário e ouvir a boa música, ter contato com a cultura sem terra”, planeja Diogo. 

De acordo com Eloiza Soares, integrante do setor de produção e responsável pelas vendas da Cooperativa Central dos Assentados de Minas Gerais, o nome da cesta foi pensado para homenagear o consagrado escritor mineiro Guimarães Rosa, relembrar sua história. Escolhemos o nome o autor de Grande Sertão Veredas, porque ele demonstrou a sensibilidade de traduzir a linguagem do sertão mineiro para o mundo. Além de ter sido um grande humanista, algo que precisamos reivindicar para a esquerda nesses tempos de popularidade do ódio”, afirma ela.

A Cesta Guimarães Rosa trás ainda uma boa novidade, a cachaça branca Veredas da Terra especial Vale do Rio Doce. Produzida no assentamento 2 de julho, em Tumiritinga, esta Veredas possui o sabor do antigo Rio Doce, como explica Tiago Mendes, responsável técnico na produção da cachaça. “A região dá nome à edição porque a qualidade da cana é determinada pela terra onde foi plantada. E esta possui a boa memória das águas antigas do Rio Doce, quando se traduzia na força das águas livres da destruição causada pela Vale/Samarco”, explica Mendes.

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Itens da cesta Guimarães Rosa