MST repudia ataque da PM na sede da Mídia Ninja

Mais uma vez, a truculência da polícia contra setores populares à onda conservadora que assola o Brasil, busca intimidar e reprimir os processos de resistência política cultural

 

Da Página do MST

Em nota, o MST repudia o ataque da PM na sede da Mídia Ninja e a Casa Fora do Eixo no Amapá. Além disso, denuncia a truculência policial contra setores populares e relaciona tais ofensivas à onda conservadora que o Brasil vivencia atualmente.

“É preciso que se tome as medidas necessárias para apuração das responsabilidades nesse caso e tantos outros. Repudiamos tais atos e nos solidarizamos com as companheiras e companheiros da Mídia Ninja. Defendemos a democratização da comunicação que retrata as realidades invisíveis e invisibilizadas por esse grande monopólio”, afirma trecho da nota.

Confira abaixo na íntegra.

​O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudia a ofensiva da Polícia Militar centro de cultura e sede da Mídia Ninja, em Macapá (AP), na realização do projeto Domingo na Casa, conhecido evento cultural da cidade, na noite deste domingo (8).

Mais uma vez, a truculência da polícia contra setores populares à onda conservadora que assola o Brasil, busca intimidar e reprimir os processos de resistência política cultural. É inaceitável que um aparato de segurança do Estado siga sendo usado para atacar pessoas sem se preocupar com as consequências.

Em um país, onde o concluio midiático tradicional – controlada por poucas famílias – com setores do Ministério Público, Poder Judiciário, Policia Federal e a ala mais conservadora do Congresso Nacional, destituiu a Presidenta da República democraticamente eleita em 2014, Dilma Rousseff, com um golpe, a construção e defesa da mídia alternativa e popular se faz mais do que necessária.

É preciso que se tome as medidas necessárias para apuração das responsabilidades nesse caso e tantos outros. Repudiamos tais atos e nos solidarizamos com as companheiras e companheiros da Mídia Ninja. Defendemos a democratização da comunicação que retrata as realidades invisíveis e invisibilizadas por esse grande monopólio. Em que as realidades dos povos do campo, indígenas, quilombolas, tradicionais, bem como as reivindicações de mulheres e da população LGBT, negra, de religiões de matriz africana sejam conhecidas e devidamente representadas.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST