Lula denuncia o golpe e diz que um novo Brasil é possível

O ex-presidente participou de ato político durante o 29º Encontro Estadual do MST, na Bahia.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

 

Reunindo movimentos sociais, partidos de esquerda e organizações populares, o MST realizou na manhã desta quarta-feira (11) um grande Ato Político, durante o 29º Encontro Estadual do MST, no Parque de Exposições Agropecuária de Salvador. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento, destacando a importância do Movimento no processo de luta e organização da classe trabalhadora.

Durante o Ato, diversos representantes políticos ocuparam o palco da plenária, como Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, Elizangela Araújo, da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Valmir Assunção, deputado federal pelo PT, e Jaques Wagner.

De acordo com Lula, estamos vivendo em um país onde o dinheiro está concentrado nas mãos de poucos. “Foi por esse motivo que o golpe foi instaurado no Brasil, pois o capital percebeu que o pobre estava melhorando a qualidade de vida, tendo acesso a créditos, frequentando espaços antes acessíveis somente pela burguesia”, explicou.

Nesse sentido, falou que o projeto político construído pelo PT, nos anos de mandato presidencial, tem contribuído para mudar a vida das pessoas. Ele destacou alguns exemplos, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Bolsa Família e o Luz para Todos.

Apontando alguns desafios a partir do olhar conjuntural, Rui Falcão afirmou que 2017 será o ano para avançar na luta pela terra e contra a reforma da previdência, “que vem acabar com os direitos do povo brasileiro”. Disse ainda que devemos recuperar o caminho do desenvolvimento, jogando abaixo o golpe instalado.

Lutar por direitos

Para João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, temos que lutar por direitos, que a burguesia quer nos usurpar. “Estamos lutando a 30 anos contra a exploração da burguesia e não abriremos mão da luta política. Pois, sempre que o País entra em crise, quem paga a conta é o trabalhador”.

Pensando nestas questões e projetando uma possível candidatura em 2018, Lula afirmou que “se necessário”, voltaria a disputar a Presidência da República, fazendo do mandato presidencial mais um instrumento de luta e articulação dos interesses da classe trabalhadora.

Emocionado, disse ainda que a referência histórica conquistada pelo MST é uma base sólida para garantir muitas lutas e um forte enfrentamento aos retrocessos nos direitos de cada trabalhador e trabalhadora. Por isso, considerou o espaço como essencial, não apenas para fortalecer as lutas políticas, mas também para projetar um país novo.

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As atividades do Encontro seguem até sábado (14) debatendo cultura popular, agroecologia, educação do campo e unidade nas lutas, além de planejar ações para o próximo período de luta, com foco no lançamento da campanha “Rumo aos 30 anos do MST na Bahia”, que acontecerá na sexta (13), às 20 horas.

 

 

*Editado por Rafael Soriano