Juventude Sem Terra ocupa prefeitura em defesa da Educação do Campo
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
“Os jovens representam a mística da luta pela Reforma Agrária e tudo que ela propõe, como saúde, educação, esporte e lazer”, destacou Valquiria Maria, da direção estadual do MST, durante ocupação realizada na manhã dessa segunda-feira (06) à Prefeitura Municipal do Prado, localizada no Extremo Sul da Bahia.
A ocupação teve início com uma grande marcha pelo centro da cidade e conseguiu envolver cerca de 500 pessoas, que, junto com a juventude, realizaram diversas intervenções artísticas e culturais.
Um dos principais pontos de reivindicação são melhorias nas estruturas dos assentamentos, na educação do campo e o acesso das famílias camponesas aos programas sociais.
Além disso, a juventude denunciou a lógica de exploração do capital e os mecanismos ideológico que “alienam”, ao intervir, principalmente, no processo de formação e construção de uma identidade de classe.
De acordo com Jaenes da Silva, do coletivo de juventude, a educação é uma necessidade política e não está sendo tratada com prioridade na atual gestão pública.
Jaenes enfatizou que a juventude do MST não busca só a terra, mas também, a conquista da educação de qualidade uma vez que, na conjuntura política em que vive o Brasil, é necessário a organização para avançar na luta.
“Os movimentos precisam lutar para fortalecer os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo destruídos pelo governo golpista do Temer”, explicou Silva.
Já Paulo César, da direção estadual do MST, acredita que os momentos de luta são acima de tudo, momentos formadores, “porque a maioria das lições que a vida nos ensina são aprendidas na prática”.
“Em contrapartida a esta retirada de direitos, estamos buscando sua reintegração, que descaradamente estão sendo descumpridas pelos gestores e o que estamos fazendo aqui é o reflexo vivo do atual cenário político”, afirmou César.
Para os manifestantes, a força da mobilização e organização da juventude tem projetado mais uma década de luta e garantido vida longa ao MST.
*Editado por Rafael Soriano