Militantes do MST no RJ visitam Escola Popular Egídio Brunetto da Bahia

Durante a visita, a comitiva destacou a necessidade de ampliar as relações internas do Movimento em todo território nacional.

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

 

Em tempos de retrocessos e lutas em defesa de direitos, o MST na Bahia destaca a necessidade de construir um intercâmbio de experiências no campo da produção agroecológica e alinhar a luta política com outros movimentos e organizações populares.

Foi pensando nisso, que a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto – centro de formação político do MST – recebeu nos dias 21 e 22/2 uma comitiva de representantes da prefeitura de Maricá e militantes do MST do Rio de Janeiro para conhecer e estudar sobre os conceitos e práticas agroecológicas com o objetivo de implementá-las no estado.

De acordo com Joaquin Piñero, da direção nacional do MST, é de extrema importância fazer parte dessas discussões e estar presente nesses espaços onde há uma gama de conhecimento.“As experiências adquiridas com essa visita nos dará um norte a respeito desse ‘novo’ mecanismo de luta que irá contribuir na formação no nosso estado”, afirmou.

Já Lene de Oliveira, representante da prefeitura de Maricá, disse que o capital tem sido cuidadoso na luta contra a agroecologia e vem atacando-a discretamente pela mídia.

“O governo de Michel Temer (PMDB) tem usado a estrutura administrativa para forçar os trabalhadores e trabalhadoras do campo a rejeitar a agroecologia e, ao mesmo tempo, se posicionar contra a classe trabalhadora, com propagandas em defesa do modelo de produção do agronegócio”, explicou Oliveira.

Um instrumento de luta e educação

Outra batalha que o MST vem travando há muito tempo são as lutas em defesa da educação do campo, uma pauta que o governo golpista reluta em atender e utiliza todos os mecanismos burocráticos possíveis para boicotar.

 

“Uma das nossas lutas é implementar a agroecologia nas grades curriculares das escolas do campo”, salientou Eliane Kai, da coordenação da Escola Popular. E continuou: “entendemos que a agroecologia é um meio de vida e por isso deve ser aprimorada inserindo-a nas salas de aula”.

“O governo tem lavado as mãos diante da pauta da educação do campo. Nossa tarefa é continuar em luta”, destacou Kai.

Sim, Eu Posso

Um exemplo citado durante a visita, em torno desse debate da educação do campo, é a construção e execução do projeto de alfabetização “Sim, Eu Posso” que apenas em três meses consegue desenvolver atividades de formação.

Para Tuca Moraes, professora das tele aulas do projeto, o método que o MST recebeu de Cuba é uma conquista abraçada pela organização e tem gerado bons resultados na erradicação do analfabetismo nos territórios da Bahia.

“Está convivendo com os companheiros e companheiras e vê-los aprender as primeiras letras e ouvir as histórias de superação revigoram a gente”, concluiu Moraes.

O projeto “Sim, Eu Posso” e as atividades da Escola Popular são alguns exemplos que o estado da Bahia tem desenvolvido no campo da formação. Por isso, durante a visita, a comitiva destacou a necessidade de ampliar as relações internas do Movimento em todo território nacional e a troca de experiências como a base para o desenvolvimento e fortalecimento da luta através da unidade

 

 

*Editado por Rafael Soriano