Senadora Gleisi Hoffmann e Deputado Professor Lemos visitam presos políticos do MST
Por Setor de Comunicação MST/PR
Da Página do MST
Nesta quarta-feira (01/03), a Senadora Gleisi Hoffmann (PT) e o deputado estadual Professor Lemos (PT), visitaram a presa política do MST no Paraná, Fabiana Braga, na cadeia pública de Laranjeiras do Sul.
A jovem foi presa com outros seis camponeses do MST, durante a Operação Castra, realizada no dia 04 de novembro de 2016, que envolveu o estado do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O principal objetivo da operação era prender integrantes dos Acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Terra de 1° de maio, camponeses acampados e assentados da região centro do estado.
A visita teve como objetivo apurar a situação dos presos políticos, dar visibilidade e denunciar a progressiva criminalização dos sujeitos sociais e coletivos que defendem a efetivação dos direitos humanos e se opõem a retirada de direitos sociais.
“Nenhum deles tem antecedente criminal. São trabalhadores, lutadores pelo direito à terra. Essa foi uma prisão política, forte tentativa de criminalizar os movimentos sociais. Estamos na luta pela liberdade de Fabiana e dos outros seis companheiros”, disse a Senadora Gleisi Hoffman.
Durante a visita, Gleisi e Lemos em conversa com o delegado, lembram que o MST sempre atuou como um Movimento Social legítimo, de forma organizada e pacífica para que a Reforma Agrária possa avançar, reivindicando que a terra cumpra a sua função social e que seja destinada para o assentamento das famílias acampadas na região e no estado do Paraná.
Fabiana Braga foi a primeira a receber a solidariedade da líder da bancada do PT no Senado Federal. Durante a tarde, em Cascavel, a senadora também visitou os demais presos do MST. Claudir Braga, Antonio Clovis Ferreira, Tiago Cleiton Ferreira, Valdemir Xalico de Camargo, Daniel Ferreira de Almeida e Claudelei Torrente de Lima.
Os presos políticos do MST sofrem a acusação de formação de “organização criminosa”, que vem sendo utilizada contra os movimentos sociais.
A senadora e o deputado apontam não apenas o aumento de uso da força repressora do Estado a coletivos sociais como também a judicialização da reivindicação popular e da defesa de direitos humanos, com a instauração de processos penais contra lideranças sociais e movimentos sociais.
Operação Castra
A Operação Castra, que resultou na prisão dos militantes do MST é parte da continuidade do processo histórico de perseguição e violência que o MST vem sofrendo em vários estados e no Paraná. O MST denuncia a escalada da repressão contra a luta pela terra, onde predominam os interesses do agronegócio e da empresa Araupel, associado à violência do Estado de Exceção.
“A polícia acusa o Movimento por situações específicas ocorridas na região, onde a &”39;máfia da madeira&”39; age, sendo que suas ações não têm nenhuma relação com o Movimento. Assim, criminalizam o MST e seus dirigentes”, relatou Diego Moreira, da coordenação nacional do MST.
Segundo Moreira, o objetivo dessa operação é paralisar a luta dos trabalhadores pelo acesso à terra. Ele apontou a visita da senadora como positiva por reforçar a luta dos trabalhadores pelo direito à terra e em defesa dos direitos humanos.
*Editado por Rafael Soriano