RS leva mais de 24 mil quilos de alimentos para a 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária
Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
De acordo com Adelar Pretto, do setor de Produção do MTS/RS, a feira é um instrumento fundamental para os produtores estabelecerem relação direta com os consumidores e futuras relações comerciais. “É uma oportunidade de mostramos que a Reforma Agrária dá certo, que as famílias estão fazendo com que a terra cumpra a sua função social de produzir alimentos. A feira, além de oferecer uma produção saudável e diversificada, também contribui para elevar a unidade entre os trabalhadores camponeses e urbanos através de vários debates”, complementa.
Um dos alimentos que mais se destaca nas feiras em que o MST participa é o arroz agroecológico, que começou a ser produzido no ano de 1999 em assentamentos da Reforma Agrária na região Metropolitana de Porto Alegre. Hoje o cultivo do grão, que é 100% saudável e sem o uso de venenos, envolve 616 famílias em 22 assentamentos e 16 municípios gaúchos.
Para a safra 2016-2017, a estimativa é colher quase 550 mil sacas (mais de 27 mil toneladas) do grão, numa área plantada de mais de 5 mil hectares. Por conta disto, os Sem Terras são conhecidos como os maiores produtores de arroz orgânico da América Latina. Para esta segunda edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, estará disponível para venda na banca gaúcha quase 6 mil quilos de arroz, entre eles o rubi, o preto, o arbóreo e o cateto. Quem passar pelo Parque da Água Branca também poderá provar arroz carreteiro, uma comida típica do RS, no espaço ‘Culinária da Terra’.
As cooperativas que vão participar da feira pelo RS são: Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Cooperav); Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan); Cooperativa de Produtos Orgânicos Pão da Terra; Cooperativa Agroecológica Nacional Terra e Vida (Conaterra); Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap); Cooperativa de Sucos Monte Vêneto; Cooperativa dos Trabalhadores da Reforma Agrária Terra Livre; e Cooperativa de Produção Agropecuária Cascata (Cooptar).