MST reocupa área da Petrobrás em Linhares

Cedida pelo governo do estado à estatal petroleira para construção de um complexo que nunca saiu do papel, área de 400 hectares não cumpre função social.

WhatsApp Image 2017-05-15 at 09.36.54 (1).jpeg

 

Da Página do MST

 

Na madrugada desta segunda-feira (15), cerca de 40 famílias oriundas de Linhares, Aracruz, Colatina e  Serra, no Espírito Santo, reocuparam uma área do governo estadual de 400 hectares, cedida para a  Petrobrás para a construção do Complexo Gás-Químico, situada em Palhal, no distrito de Bebedouro, zona rural de Linhares. 

 

WhatsApp Image 2017-05-15 at 09.36.53.jpeg

Essa é a terceira ocupação realizada pelo o MST na área. A última foi em 2015, quando o então presidente da estatal, Aldemir Bendine, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, afirmou que o polo não era uma prioridade para a companhia.

A área foi desapropriada pelo o governo do estado e cedida à Petrobrás para construir o complexo, que produziria fertilizantes nitrogenados (ureia e amônia), metanol, ácido acético, ácido fórmico e melamina, aumentando a oferta interna destes produtos para reduzir a importação. No entanto, o projeto nunca saiu do papel e há mais de cinco anos que a área está abandonada. 

Para o movimento no estado, a área não tem cumprindo com a sua função social e deve ser desapropriada para fins de Reforma Agrária. 

Atualmente, existem 16 acampamentos com mil famílias acampadas de norte a sul do estado do Espírito Santo, todas sem qualquer tipo de assistência do Incra ou governo do estado. Algumas dessas famílias estão acampadas debaixo de lona preta há mais de oito anos.

 

*Editado por Leonardo Fernandes