Após despejo, famílias Sem Terra reocupam fazenda em Ribeirão do Largo

As plantações e espaços coletivos foram derrubados por um trator no instante que a área foi desocupada

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

 

Na madrugada dessa última quarta-feira (13/6), cerca de 50 famílias Sem Terra reocuparam a fazenda Conjunto São Francisco, em Ribeirão do Largo, Sudoeste baiano, para dar continuidade ao processo de denúncia da improdutividade da área e pautar a sua desapropriação para fins de Reforma Agrária.

A reocupação é fruto de um despejo ocorrido na segunda-feira (12), onde de forma intimidadora a Tropa de Choque de Itapetinga, acompanhada por representantes do poder judiciário local entregaram uma liminar que obrigava as famílias a saírem da área.

Ao retornarem ao espaço em que estavam acampadas, as famílias se depararam com um cenário de destruição. As plantações e espaços coletivos, como a escola do acampamento e casas de reunião, foram derrubados por um trator no instante que a área foi desocupada. As famílias afirmam ainda que boa parte dos bens pessoas e do patrimônio coletivo da comunidade foi saqueado pelo latifundiário.

Alberto Jorge Barbosa Rocha, proprietário da fazenda, solicitou a liminar de despejo e a mesma foi autorizada pela juíza Adiane Jaqueline Neves, que atua no município de Encruzilhada. Porém, a ação não levou em consideração a improdutividade da área, já que a terra era arrendada para criação de gado e estava ociosa, destaca a direção do MST na região.

*Editado por Maura Silva