Legado de Paulo Freire é discutido por educadores e educadoras da Reforma Agrária
Por Jade Percassi
Da Página do MST
Entre os dias 18 de 22 de setembro de 2017, o MST realiza o Seminário Nacional “O legado de Paulo Freire”, no Centro de Formação Paulo Freire em Caruaru-PE.
Por ocasião dos 20 anos da morte de Paulo Freire, cerca de 400 pessoas, entre militantes, educadores e educadoras da Reforma Agrária de todo o Brasil, reuniram-se com o objetivo de reavivar a memória deste grande educador brasileiro e suas convicções teóricas e práticas, de uma pedagogia crítica de libertação dos oprimidos; além e analisar o contexto educacional brasileiro e os desafios da luta por uma educação pública e popular.
A atividade conta também com a participação de professores e professoras de universidades de diferentes regiões, além de militantes históricos da educação no movimento, que vêm contribuindo com a reflexão sobre a atualidade do legado de Paulo Freire para o enfrentamento dos desafios históricos que estamos vivendo, diante do desmonte dos investimentos públicos na educação em todos os níveis, alem das medidas do governo golpista que afetam diretamente a vida de milhares de famílias assentadas e acampadas da Reforma Agrária e de toda a classe trabalhadora.
Na programação foram contempladas sessões dedicadas a diferentes dimensões de suas contribuições para a educação popular brasileira, enfatizando a necessidade de seguirmos na atuação pedagógica comprometida com a conscientização de trabalhadores e trabalhadoras, e sua organização para a construção da transformação social.
Para Rubneuza Leandro, do Setor de Educação, “os momentos de socialização das práticas de formação política e educação popular em curso nos estados são a maior prova de que os ensinamentos históricos de Paulo Freire permanecem vivos e em movimento, sendo reinventados a cada dia no enfrentamento da realidade”.
Entre as experiências apresentadas, figuraram as campanhas de alfabetização, a educação de jovens e adultos, a formulação de currículos integrados à agroecologia, a participação democrática na gestão das escolas do campo, as lutas por escolas nos acampamentos e assentamentos, entre outras práticas.
Na noite de terça-feira, dia 19, foi realizada a jornada Paulo Freire Vive, em homenagem aos 96 anos de seu nascimento, com apresentações artísticas contextualizando os diferentes períodos de sua vida e obra. Movidos por esta mística, os debates seguirão até o final da semana, com o compromisso de contribuir para a reinvenção de práticas pedagógicas na luta pela emancipação humana.
Paulo Freire Vive! Por uma Educação Pública e Popular!