No Pará, MST inicia Encontro Estadual dos Sem Terrinha

Cerca de 500 crianças participam das atividades que ocorrem na Universidade Federal do Pará.

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Da Página do MST

 

Na manhã da última segunda-feira (16), cerca de 500 crianças iniciaram o XVII Encontro Estadual dos Sem Terrinha do Pará, que este ano trás como tema: “33 anos do MST: Rumo ao I Encontro Nacional dos Sem Terrinha”.

O encontro acontece na Universidade Federal do Pará e tem como objetivos mostrar a realidade vivenciada pelas crianças camponesas, seus problemas enfrentados diariamente como a violência, a negação à educação e o fechamento das escolas do campo.

Crianças vindas de várias áreas de acampamentos e assentamentos do MST do estado, organizadas em núcleos, participaram ativamente da mesa de abertura “33 anos do MST, a criança e a luta por direitos”.

Este tema é abordado porque as crianças sempre fizeram parte da luta do movimento, sempre estiveram presentes.

Durante estes 33 anos, o MST já passou por várias fases de reflexão que trouxeram elementos históricos e ajudaram a construir a identidade da infância Sem Terra.

 

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No início do movimento, não se sabia muito que fazer com as crianças, pois alguns  achavam que  elas até atrapalhavam em alguns momentos.“A gente não tinha muito claro o que fazer com as crianças mesmo elas estando presentes.Fomos avançando a partir de nossa preocupação e surgiram as cirandas infantis, que são espaços de reflexão e formação para nossas crianças”, afirma Deusa Sales do Setor de Educação no estado.

Organizou-se também os encontros regionais, estaduais até chegar na primeira Ciranda Nacional, em 1997, na capital federal, Brasília.

Em todos os encontros do movimento, são organizadas as cirandas infantis com a intenção de oferecer às crianças um espaço de formação social cultural e política.

Outubro faz parte do calendário do MST como o mês de luta por direitos das crianças Sem Terra no Brasil inteiro e isso tem uma importância histórica e grandiosa para o movimento.

Durante o encontro, as crianças também participarão de oficinas, construção de painéis, cinema da terra e atividades culturais.
 

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*Editado por Leonardo Fernandes