Hulha Negra sedia fase final do 9º Campeonato da Reforma Agrária no Rio Grande do Sul
Por Letícia Stasiak
Da Página do MST
O Campeonato Estadual da Reforma Agrária terá a fase final da sua 9ª edição no município de Hulha Negra, na região da Campanha do Rio Grande do Sul. Nos dias 18 e 19 de novembro, centenas de trabalhadores Sem Terra participarão, no Assentamento Conquista da Fronteira, de diversas modalidades do torneio de futebol sete.
Com o objetivo de proporcionar um momento de integração e lazer entre as regiões, o evento é uma reunião de amigos e companheiros forjados no processo de luta pela Reforma Agrária. “O campeonato está dentro da estratégia que adotamos, onde os assentamentos precisam ser um espaço de produção, mas também de reprodução da vida humana. É um lugar que precisa trabalhar todas as dimensões, como educação e produção, mas também o lazer”, afirma o dirigente estadual do MST, Cedenir de Oliveira.
A fase final já aconteceu nos municípios de Júlio de Castilhos, Tupanciretã, Piratini, Charqueadas, Candiota, Santana do Livramento, Jóia e Viamão. A rotatividade do local se dá justamente para que haja integração entre os acampados e assentados e para que eles possam conhecer as diferentes realidades dos assentamentos do estado.
Somente no ano de 2016, mais de 30 equipes de atletas participaram nas modalidades veterano, masculino força livre e feminino. Neste ano foi incluída a modalidade sub-15 ao torneio. Ao todo, mais de 40 times disputarão as melhores colocações em três campos de futebol. Todas as partidas serão apitadas por árbitro profissional.
O campeonato, que é promovido de forma oficial desde 2005, possui um regulamento próprio. Primeiramente são realizadas as fases regionais, que vão dos meses de agosto a novembro, e de onde saem os classificados e representantes das regiões para a fase final.
Cada ano uma região diferente se responsabiliza a organizar a recepção, a infraestrutura, as premiações e as atividades paralelas durante o evento. “É um momento de estimular a participação, principalmente da juventude, e de organizar as comunidades para que possamos ter uma vida mais digna no campo e um aproveitamento dos esportes”, comenta Oliveira.