Feira Estadual reúne diversidade da Reforma Agrária no MS

A Feira, além da comercialização de produtos, contará com culinária da terra, debates sobre alimentação saudável, agroecologia e apresentações artísticas.
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Foto: Pablo Vergara/MST

 

Por Janelson Ferreira
Da Página do MST

 

Durante os dias 23, 24 e 25 de novembro, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande, será realizada a 1ª Feira Estadual da Reforma Agrária. O evento, organizado pelo MST, busca trazer para a capital toda a diversidade da produção de assentamentos e acampamentos do estado. Esta Feira Estadual se insere na estratégia do Movimento de estabelecer um diálogo com a população das grandes cidades. 

As feiras são realizadas pelos Sem Terras em todos os estados do país. Além destas, já ocorreram duas Feiras Nacionais, em São Paulo (2015 e 2017), e um Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária, em Belo Horizonte (2016). Estes eventos buscam cumprir um dos objetivos da Reforma Agrária Popular de dialogar com a população das cidades, principalmente a partir da produção de alimentos saudáveis em transição agroecológica. 

Para Márcia Barille, da direção estadual do MST, a Feira Estadual pretende trazer toda a diversidade de assentamentos e acampamentos para Campo Grande. “Nossas áreas produzem uma infinidade de produtos. Desde remédios fitoterápicos a artesanato. Queremos que Campo Grande conheça toda esta diversidade”. 

A Feira Estadual da Reforma Agrária, além da comercialização de produtos, contará com culinária da terra, debates sobre alimentação saudável, agroecologia e apresentações artísticas de todo estado.

Segundo Márcia, a Feira buscará também contestar ideias do senso comum presentes na sociedade. “Nos chamam de arruaceiros, vândalos, afirmam que nossos assentamentos são favelas rurais. O que faremos nestes dias será comprovar como nossa luta é justa. Queremos terra para produzir alimentos saudáveis para a classe trabalhadora”, afirma a dirigente. 

O MST defende a necessidade de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil. Neste sentido, o Movimento afirma que a democratização do acesso à terra deve estar alinhado à produção de alimentos saudáveis para a população. 

De acordo com Barille, a Reforma Agrária Popular não é somente um projeto para o campo. “Ela representa um projeto de sociedade, pensada desde o âmbito das expressões artísticas, das relações de gênero, até a produção de remédios naturais, por exemplo”.

Ressaltado a importância da luta do MST, Márcia destaca a necessidade das ocupações de terra. “Não fazemos ocupações à toa. Queremos terra para produzir alimentos de qualidade e que cheguem à mesa da população com preços acessíveis” finaliza a Sem Terra. 

 

 

*Editado por Rafael Soriano