Sem Terra se preparam para 18º Encontro Estadual no Rio Grande do Sul
Por Letícia Stasiak
Da Página do MST
Cerca de 800 camponeses assentados e acampados se reunirão nos dias 13 a 15 de dezembro para avaliar internamente as ações do MST e planejar os passos a serem dados no próximo período. A iniciativa faz parte do 18º Encontro Estadual do MST do Rio Grande do Sul, que tem como lema “Nós que amamos a revolução, resistiremos”, e acontecerá no Assentamento 16 de Março, localizado na Área 1 da antiga fazenda Annoni, no município de Pontão, na região Norte gaúcha.
O evento acontece a cada dois anos e contribui no processo de organização do Movimento a nível estadual no campo das cooperativas, dos centros de formação e das atividades com os trabalhadores que atuam nas áreas de acampamentos e assentamentos.
“O encontro cumpre o papel na construção da unidade política da militância e de análise do período atual. Também é um momento de projetar o MST no estado para os próximos dois anos, considerando o que vem ocorrendo no país”, afirma o dirigente estadual Cedenir de Oliveira.
A programação contará com análise das conjunturas política e agrária e diversos debates que envolvem desde a massificação da luta pela terra até a organização das famílias assentadas. Terá ainda noite cultural e jornada socialista sobre a construção do poder popular na Venezuela. Ao final, acontecerá a posse da nova direção estadual.
“Este ano haverá uma atividade que consideramos muito importante, em vista da igualdade de gênero ser um princípio do MST, que é a Assembleia dos Homens. Nós incorporamos este debate porque entendemos que a violência contra as mulheres é cometida na maioria das vezes pelos homens. Será a primeira discussão nossa sobre o assunto num encontro estadual”, completa Oliveira.
Ele acrescenta que o evento também é um momento de confraternização entre os Sem Terra e de recarregar as energias políticas para 2018. “Entendemos que ano que vem será o ano dos grandes embates políticos e o MST estará alinhado com o que acontecerá em nosso país”, diz Oliveira.