Encontro debate agroecologia na Paraíba
Por Thais Peregrino
Da Página do MST
Cerca de 150 pessoas são esperadas entre os dias 8 e 10 de maio, em Campina Grande, na sede do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), para fortalecer a discussão da agroecologia enquanto projeto político no estado da Paraíba e para preparar aqueles que irão compor a delegação paraibana que irá representar o estado no IV Encontro Nacional de Agroecologia que acontecerá em Belo Horizonte, Minas Gerais de 31 de maio a 03 de
junho.
Agricultores, Quilombolas, indígenas, representantes de entidades de assessoria técnica e núcleos de agroecologia das universidades e instituídos federais do estado se prepararam nos últimos meses em suas regiões para compor o debate e compartilhar experiências durante esses três dias.
O encontro, que esse ano terá como tema: “Agroecologia e Democracia unido campo e cidade”, é promovido pelas seguintes organizações: Articulação do Semiárido Paraibano (ASA Paraíba), Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimentos Quilombola e Indígena da Paraíba, Marcha Mundial de Mulheres (MMM), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Núcleos de Agroecologia; Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab) e Mãos Dadas, entre outros movimentos e organizações.
Para Fátima, do setor de formação do MST, não é possível pensar agroecologia sem a construção de um projeto popular para o país.
‘’Realizar esse encontro em um momento de golpe contra a democracia é fortalecer a unidade entres as diversas organizações e movimentos sociais aqui presentes. A construção da agroecologia tem que ser pensada a partir das mudanças estruturais dessa sociedade, isso significa dizer que lutar pela democracia também é lutar pela construção da agroecologia”, diz.
Ainda para Fátima: a agroecologia é uma ciência que trabalha diversas dimensões: social, econômica, ambiental. Essa ciência só é transformadora na práxis. As juventudes, mulheres, camponeses, crianças, negros e negras, indígenas, população da cidade, essa diversidade de lutas específicas presentes constroem a agroecologia e estão em luta. Essa luta é continua e espero que possamos sair daqui fortalecidos na construção de um projeto popular para o Brasil’.
O IV ENA
O ENA é promovido pela Articulação Nacional de Agroecologia e se constitui como o maior evento do segmento no país. Segundo a organização da atividade, duas mil pessoas são esperadas na capital mineira.