Artistas do interior e da capital baiana animam as noites da 4º Feira Estadual da Reforma Agrária

Ilê Ayiê, Magary Lord, Muzenza, Ed do Forró e Grupo Bambeia são algumas das atrações confirmadas.

Magary Lord se apresentou na noite desta última quinta-feira (14).jpg

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Fotos: Jonas Santos

 

A 4º Feira Estadual da Reforma Agrária, em Salvador, é um espaço que constrói relação entre a produção de alimentos saudáveis com a cultura popular. Se durante o dia, a Praça da Piedade, no Centro da capital baiana, está repleta de pessoas comprando e conhecendo de perto os produtos e a luta do MST na Bahia, durante a noite, artistas do interior e da capital ditam o ritmo da festa.

As atividades culturais tiveram início na noite desta última quinta-feira (14) e segue até sábado (16), com ritmos clássicos da cultura baiana. Na primeira noite a festa foi conduzida pelo cantor e compositor Ed do Forró e, em seguida, por Magary Lord, que animou a noite com músicas que marcam a história do axé e do regue na Bahia.
 

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Na noite desta sexta-feira (15), a festa será conduzida pelo Bloco Afro Muzenza, a partir das 18h. O bloco surgiu no bairro da Liberdade, como um tributo ao músico jamaicano Bob Marley, principal responsável pela difusão internacional do reggae. O “Muzenza” era adorado pelos jovens foliões na década de 80, ficando conhecido como o “bloco do reggae” ou Muzenza do Reggae.

Na mesma noite, às 20h, o palco da Feira será ocupado pelo primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê. Hoje, o grupo cultural e de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente, inspira a criação de muitos outros grupos culturais no Brasil e no mundo. Com muito axé e representatividade, o bloco afro é referência no Carnaval de Salvador.

No sábado (16), as atividades culturais vão começar mais cedo. Às 12h, o Grupo Bambeia leva ao coração da capital o melhor do samba. A banda é tetracampeã do Troféu Eu Sou o Samba, entre 2007 à 2010 no quesito samba por escolha popular, com participações em Festival de Verão, Salvador Fest, Muquifest, Muquiverão e outras festas consagradas no calendário soteropolitano.

Além das atividades culturais, na programação da Feira está previsto ainda a realização de várias intervenções artísticas. Para Rosalvo José, militante e integrante do coletivo de cultura do MST, os momentos de festejos também são espaços de formação.

“Um dos nossos objetivos com a Feira é debater diretamente com a sociedade a Reforma Agrária Popular, pois falar da nossa cultura nas músicas é fazer também o enfrentamento ao agronegócio”, explica José.

 

 

*Editado por Rafael Soriano