Camponeses assentados em Camaquã estão próximos de conquistarem a casa própria
Por Catiana de Medeiros
Da Página do MST
O sonho da casa própria está mais próximo de se tornar realidade para 8 famílias assentadas da Reforma Agrária do município de Camaquã, na região centro-sul do Rio Grande do Sul. Na semana passada, representantes do setor de habitação da Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs) se reuniram com os beneficiários e pedreiros para apresentar o projeto e a metodologia de construção.
“Mostramos como será a casa para o beneficiário, com todos os detalhes. Ela terá cerca de 52 metros quadrados, dois quartos, sala e cozinha conjugada, área de serviço e banheiro. Todos os espaços foram planejados e projetados para a circulação de pessoas com alguma deficiência física”, conta Sidnei dos Santos, coordenador do setor.
As moradias serão construídas por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNRH), vinculado ao Minha Casa, Minha Vida, e financiadas pelas Caixa Econômica Federal. Elas são frutos da Portaria 268 de 22 de março de 2017, que regulamenta o programa. Segundo Santos, a entrega dos materiais para iniciar as obras deve ocorrer até o final deste mês. “A modalidade que será empregada é autoconstrução assistida, em que a responsabilidade pela construção da obra é do próprio beneficiário”, conta.
Demandas reprimidas
A Coceargs atua como entidade organizadora desde 2014 em 690 casas, organizando os beneficiários, acompanhando e orientando a execução das obras. Ela apresentou este ano ao Ministério das Cidades 554 propostas, de assentamentos de todas as regiões do estado, que estariam aptas para serem contratadas via programa. Desse total, 194 já tiveram os seus contratos efetivados.
Santos diz que ainda há cerca de 300 unidades habitacionais para serem construídas e 3.500 para serem reformadas. “A prioridade da Coceargs são as famílias que necessitam de casa nova. Após toda essa demanda ser atendida, nós pretendemos iniciar o encaminhamento das reforma’, finaliza.