Sem Terras vão à Câmara de Macaé para pedir área do município
Do Brasil de Fato
Despejados do acampamento em Rio das Ostras em maio, trabalhadores Sem Terra das regiões de Maricá e Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, foram à Câmara Municipal de Macaé na última quinta (26) pedir a permanência em terreno do município e a criação de uma escola de agroecologia no local.
Em abril o movimento ocupou a fazenda improdutiva Rancho Sagitário em Rio das Ostras e criou o acampamento Edson Nogueira no local. Cerca de um mês depois, as famílias provenientes de Rio das Ostras e Macaé foram expulsas do local.
“Não tinham para onde ir, havia uma área pública em Macaé que já estava sendo negociada pra criar uma escola de agroecologia na cidade e foram para lá”, explicou o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marcelo Luís.
A princípio, a prefeitura foi reticente em permitir a permanência das famílias no terreno, mas o movimento e as famílias se mobilizaram para sensibilizar o poder público. No local estão atualmente mais de 120 famílias.
“Esse espaço é importante para as famílias que não têm para onde ir, já que essa região é a do petróleo e o desemprego está muito alto. E também é fundamental para termos um espaço de agroecologia, com formação e promoção da agroecologia e da reforma agrária”, explicou Marcelo. O projeto da escola de agroecologia tem a colaboração de parceiros do movimento, como a Universidade Federal Fluminense (UFF) de Macaé e Rio das Ostras, entre outros.
Na semana passada, com a ajuda do vereador Marcel Silva (PT), os trabalhadores conseguiram um espaço durante o expediente da Câmara para explicar aos parlamentares a situação e as reivindicações das famílias.
Durante a sessão, os vereadores se comprometeram a facilitar o diálogo com a prefeitura e ajudar na estrutura do acampamento, como por exemplo, fornecendo caixas d’água.
Edição: Brasil de Fato RJ