Jovens do MST lançam coletânea de poesias no 27º Encontro Estadual em Alagoas
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
“Peço licença a esse povo / Pois quero aqui contar / Minha história, minha vida / Na necessidade de narrar / Sou conhecido por muitos / Criticado por burgos / Mas não me impedem de sonhar”, os versos de Isaias Torres, do poema “Sou o MST”, compõem o “Pé de Poesia”, livro de poesias organizado pelo Coletivo de Juventude do MST, junto com os Setores de Comunicação e Cultura do Movimento em Alagoas.
Reunindo 15 poesias de jovens do MST, o livro – que é fruto de uma construção coletiva, é dividido em dois capítulos que contam parte das vivências individuais e coletivas dos jovens autores, Silvania Soares, Leandra Lima e Isaias Torres.
O livro será lançado no primeiro dia do Encontro Estadual do MST em Alagoas, durante a Assembleia da Juventude e pretende ser o primeiro volume de uma série de publicações que tragam os versos e rimas dos e das jovens Sem Terra.
Para Silvania Soares ter suas poesias representadas na coletânea é uma grande satisfação. “É uma honra poder fazer parte dessa história. Um sinal de que aquilo que fazemos pode ajudar na reflexão de alguém”, disse.
“As poesias representam o que eu sinto. É a minha contribuição para a luta. É a melhor forma que tenho de lidar com meus sentimentos”.
A produção coletiva começou a partir dos Encontros e espaços de reunião e organização do Coletivo Estadual de Juventude do MST, onde os jovens produziam e socializavam suas poesias e, a partir de então, resolveram ir experimentando mais e mais na escrita em verso.
A publicação será comercializada num valor simbólico, para estimular outras edições com novos autores e autoras.
“Eu me sinto viva quando escrevo poesia, num canal de pensar diferente, de colocar todas as emoções e convidar as pessoas para sentirem comigo”, explicou Leandra Lima, uma das jovens que tem suas poesias na coletânea. “Acredito poesia está presente em todos os momentos da minha vida, nos sorrisos, nos gestos e em cada ato meu”.
Leandra destaca que suas poesias na coletânea é uma espécie de acolhimento do seu pensar, “é uma espécie de abraço, um abraço de união e companheirismo. Um abraço naquilo que penso e de como encontro a melhor forma para expressar esse pensar”.