60 anos de vitórias e uma só Revolução
Por Brigada do MST em Cuba
Da Página do MST
Com a consigna heroica “Patria o Muerte, Venceremos”, o povo cubano tomou a praça Manoel de Cespedes, em Santiago de Cuba, na madrugada desta última terça-feira, 1º de janeiro de 2019, para acompanhar o histórico ato de troca da bandeira em comemoração aos 60 anos da Revolução Cubana.
Envolvidos na mística do glorioso e vitorioso 1º de janeiro de 1959, com o sentimento de que o processo revolucionário cubano é de uma só revolução, relembrada nas palavras do comandante Fidel Castro, que dizia: “em Cuba só foi possível uma revolução, que teve início com Carlos Manuel de Cespedes, em 10 de outubro de 1968, porque o povo a leva adiante neste momento”.
Durante o ato foi destacado a entrada dos Manbises liderada por Fidel Castro, em Santiago, momento que Cuba e o mundo conhecem o triunfo da revolução. Resgatando o papel do povo junto aos Manbises, na primeira guerra pela independência, pelo que fez o povo na geração do centenário e o que segue fazendo os Manbises deste tempo, o ato aponta o povo como defensores da revolução e do Socialismo.
Saries Bolivares Duarte (76), integrante da Associação dos Combatentes da Revolução, diz que o aniversário de 60 anos da revolução tem um significado histórico muito importante. “Esse foi um grande dia em que todos os revolucionários haviam derrotado os abusos, a designação, a discriminação racial, o egoísmo, os maus governantes, dando-lhes tempo para começar a partir daquele dia”, explica.
Sobre o significado desse processo para luta política em Cuba, Duarte completa: “Conquistamos o verdadeiro significado da palavra liberdade, pois todos os cubanos têm direito a uma vida digna, um desenvolvimento total de nosso país. Terminamos com os grandes latifundiários, com o analfabetismo, assim como tudo que queria eliminar e bom funcionamento da revolução cubana. Por isso, hoje Cuba é um país livre e soberano”, enfatiza.
Celebrações
O Ato dos 60 anos da revolução segue com diversas atividades cívico militar durante todo dia 01 e 02, em homenagem a Fidel Castro, em seu túmulo no cemitério Santa Efigenea, onde estão enterrados grandes revolucionários cubanos como José Martí, Mariana Grajales e Antonio Maceo. Além disso, são 60 anos da revolução que parece pouco tempo para fazer o extraordinário, mas que construiu um sentido de justiça social.
Joel Soares (57), coordenador do CMLK, nasceu durante a crise de outubro e diz que sua vida passou por momentos épicos desta revolução. “Depois de 57 anos, eu adoro o gosto de ter conhecido os protagonistas da luta, o taxista anônimo que derrotou o apartheid em Cunavale, os marinheiros do porto de Hai Phong, as mulheres que fecharam a porta de sua casa. Isso é uma alegria”, afirma.
“Andar pelo mundo com a mochila carregada com a densidade simbólica da revolução cubana dá auto-estima. Para refazer da ilha, onde o único perigo é um buraco na estrada, é inestimável. É por isso que a Revolução Cubana é a minha revolução contra os dogmas, pela dignidade e a pacificação da existência”, celebra.
Na manhã desta quarta-feira (2), aconteceu o ato em celebração aos 60 anos da saída da caravana dos guerrilheiros da Revolução Cubana em direção à Havana. A chegada foi no dia 08 de janeiro.
No final do ato, com a simbologia o ex-combatente Domingos, entregou a bandeira ao presidente da UJC de Santiago de Cuba como continuidade da luta. Em seguida, houve a saída de jovens da UJC nos caminhões para fazer o mesmo trajeto dos guerrilheiros.
A chama da Revolução se mantem no povo cubano, reaprendendo, mantendo-se firme diante dos desafios que possui na atualidade e os que estão por vir, mostrando para toda América Latina que Cuba ainda representa o grande, belo, humanitário e solidário farol socialista para todos os povos que lutam por liberdade.
*Editado por Wesley Lima.