Centenário do assassinato de Rosa Luxemburgo

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem” (Rosa Luxemburgo)
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Por Lucineia Freitas​*
Para Página do MST

 

Nesta terça-feira, 15 de janeiro de 2019, completa-se cem anos do assassinato de Rosa Luxemburgo, juntamente com o seu companheiro da Liga Spartacus Karl Liebknecht. 

 

Ao contrário do que acreditavam seus algozes, o pensamento de Rosa não foi calado com sua morte. Após cem anos de sua morte, com o avanço da barbárie capitalista, as diversas reedições de governos totalitaristas, seus ensinamentos continuam como leitura fundamental para enfrentar os desafios e a luta de classes na atualidade.

 

Rosa Luxemburgo foi uma revolucionária e teórica marxista polonesa, naturalizada alemã e destacada dirigente do movimento comunista internacional. Nasceu no dia 5 de março de 1871, em uma família de judeus poloneses. 

 

Cresceu em uma época em que a Polônia era dominada pela Rússia czarista, sendo ainda estudante, atraída pelas lutas contra o regime repressivo nas escolas, a partir de onde se engajou em outros movimentos contestatórios e revolucionários contra a opressão e pelo socialismo, atuando até ter sua vida ceifada.

 

Rosa soube como ninguém dosar a dureza com a suavidade, e a necessidade de nunca perder a esperança: “em momentos difíceis é preciso pensar em coisas belas”, dizia. 

 

Ela conseguiu casar, sabiamente o discurso teórico com a prática política e defendeu veementemente o protagonismo das massas, pois afirmava que a revolução somente é possível com a participação integral do povo, tendo a greve geral como o instrumento mais importante para a luta revolucionária. 

 

Concretizou sua perspectiva de atuação permanente no trabalho de base e defendeu a liberdade como o fundamento de uma nova sociedade. Bem como, ao se posicionar contra a 1ª Guerra Mundial tinha a certeza de que quem estaria nas trincheiras seriam os trabalhadores, mas que os interesses defendidos eram imperialistas.

 

O assassinato de Rosa representa o modo de atuação do capital, muitas Rosas foram assassinadas antes e depois disso na história. Eram mulheres que conhecendo ou não sua história, seu legado, colocaram a liberdade acima da própria vida!

 

A violência vivenciada por essas mulheres só nos dá a certeza de que estamos do lado certo da história, e “que não estamos perdidos. Ao contrário, venceremos se não desaprendermos a aprender”.

 

*Integrante do setor de Gênero e militante do MST.

 

_Editado por Solange Engelmann