Durante as comemorações de 35 anos, o MST reiterou uma série de posicionamentos acerca da atual conjuntura
Da Página do MST
Na última semana, durante as comemorações de 35 anos do MST, o Movimentou lançou diversas notas oficiais acerca de temas centrais de nossa atual conjuntura.
Confirma abaixo um compilado com as notas e posições do MST
MST celebra 35 anos de luta e resistência!
Carta ao povo brasileiro
Diante da crise estrutural do capital, com consequências graves e destrutivas para a natureza e a humanidade, nossas tarefas políticas se tornam ainda mais urgentes e necessárias. As saídas apresentadas pelo capital financeiro, nada tem a ver com as necessidades humanas, pois resultam em aumento da superexploração dos trabalhadores e trabalhadoras, através da precarização do trabalho, desmonte das políticas públicas, agressiva retirada de direitos e expropriações diversas, elevando de forma brutal, os níveis de desigualdade social (…)
Lutaremos pela democracia, pela justiça, pela igualdade, pela defesa dos bens da natureza, pela democratização da terra e pela produção de alimentos saudáveis para alimentar o povo brasileiro.
Em nota, MST repudia crime da Vale e sua ação predatória em Minas Gerais
Seguiremos em luta e intensificamos a cobrança de todos os órgãos e competências do Estado para que a verdadeira justiça seja feita, aquela determinada pelos povos atingidos.
Reafirmamos que este modelo de mineração predatório não nos serve. E somente o povo brasileiro poderá ser o guardião soberano dos nossos bens naturais.
Durante encontro nacional, MST reafirma compromisso com luta indígena e quilombola
A partir de sua posse, a bancada ruralista assumiu parte importante do governo. Com a União Democrática Ruralista (UDR), que foi criada na década de 80 para combater o MST, controlando órgãos importantes ligados à questão agrária, há uma ameaça concreta à todos os povos tradicionais que lutam pelos seus direitos mais básicos. Além disso, Bolsonaro e sua equipe tem como um de seus principais objetivos a entrega de nossos bens naturais aos interesses do capital financeiro e ao imperialismo (…) Destacamos que a luta quilombola, indígena e Sem Terra guardam uma centralidade entre si. Elas buscam subverter a lógica que o capitalismo aplicou à terra. Para nós, a terra é solo sagrado, lugar onde vivemos, colhemos o alimento para a vida e reproduzimos relações mais humanas e emancipadoras.
Por isso, denunciamos as ações do atual governo que atacam diretamente os povos do campo e das florestas e repudiamos a incitação e legitimação que ele faz à violência, além da MP 870. Em paralelo, reconhecemos o processo de luta dos povos indígenas e quilombolas como central para a construção de uma sociedade mais igualitária e justa.
MST se manifesta sobre consequências do governo Bolsonaro
O MST repudia o clima de terror instalado no país contra a luta popular e os defensores e defensoras dos direitos humanos. Esse terrorismo de Estado libera e autoriza a atuação de forças conservadoras criminosas, que só servem para aumentar o clima de insegurança e violência, que atinge principalmente as mulheres, a juventude negra, os indígenas, quilombolas e os LGBTs.
Seguimos na luta e a serviço do povo, de ter casa, terra, alimentação e direitos. Ninguém vai ser torturado com vontade de lutar! Com as bandeiras nas ruas, ninguém pode nos calar!
MST manifesta apoio ao povo venezuelano
Denunciamos a posição vergonhosa do Brasil, que ao invés de atuar como moderador para a solução desse conflito, toma o lado do agressor, espoliador e invasor que é o EUA.
Condenamos toda e qualquer ingerência externa na Venezuela e conclamamos a todas as forças democráticas e anti-imperialistas para apoiar a autodeterminação e os esforços do povo e do governo venezuelano em encontrar seus próprios caminhos para debelar a crise econômica e promover a paz com justiça social.