Ato em apoio ao povo venezuelano e ao governo de Maduro reúne dezenas de pessoas em São Paulo
Da Página do MST
Na tarde desta sexta-feira (8) centenas de pessoas se reuniram em frente ao Consulado Geral da Venezuela em São Paulo para o ato em Solidariedade aos venezuelanos e ao governo de Nicolás Maduro.
A atividade, organizada pela Frente Brasil Popular e pelo Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, contou com o apoio de 59 organizações, entre elas, MST, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Central Única dos Trabalhadores (CUT), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Socialismo e Liberdade (Psol), Partido Comunista Brasileiro (PCB) e Partido da Causa Operária (PCO).
Em sua fala, João Pedro da coordenação nacional do MST, falou sobre os interesse do capital estrangeiro no país. “o que está em jogo não é a democracia, não é o Maduro, não é o Guaidó. O que está em jogo é com quem vai ficar a renda petroleira que está no território da Venezuela”.
Ainda segundo Stedile, não podemos permitir que a autodeterminação do povo seja colocada em risco.”O que aconteceu na Venezuela foi uma eleição limpa, o povo decidiu, seis meses depois o governo dos Estados Unidos quer pôr em dúvida a legitimidade dessa eleição e a soberania do povo venezuelano. Guaidó não representa ninguém, nem sequer a oposição mais civilizada da Venezuela, é uma marionete de Trump”, disse.
O Consul da Venezuela em São Paulo, Manuel Vadell, reafirmou a unidade do povo com o governo de Maduro e também falou da intervenção do Estados Unidos no país. “Podem contar com a unidade das Forças Armadas e do povo venezuelano, que estão firmes e fortes com o trabalho diário. Estamos vencendo e vamos vencer juntos mais essa tentativa de golpe.Pela primeira vez em mais de 20 anos, o governo estadunidense está dando a cara e assumindo em primeiro plano o golpe de Estado, o que não havia acontecido em outras tentativas
A atividade fez parte de uma extensa programação de atos de solidariedade que aconteceram em todo o país. Além de São Paulo, foram registradas manifestações nas embaixadas do Rio de Janeiro, Recife, Manaus, Boa Vista, Belém e Brasília.
Durante a atividade o Comitê Pela Paz na Venezuela, lançado em 2017, entregou um manifesto aos representantes diplomáticos venezuelanos.
O texto, denunciamos os interesses internacionais em apossar-se do petróleo e dos bens naturais que pertencem ao povo venezuelano. “Para nós está evidente que o objetivo de Trump é o de apossar-se não só dos bens venezuelanos nos EUA, mas de pilhar o petróleo e os recursos naturais da nação com a instalação de um governo títere. Para tanto, golpes de Estado e ameaças de intervenção militar já foram largamente utilizados, como sabemos, em outras regiões do planeta”.
No documento, assinado por dezenas de organizações, o compromisso com o processo democrático da Venezuela é reiterado.”Estaremos mobilizados nas ruas, nos campos, nas universidades, nos sindicatos, nos movimentos, nos partidos, nas igrejas, nos meios de comunicação, e em todos os lugares possíveis de estabelecer um diálogo com a população sobre o quê está acontecendo na Venezuela e sobre por que é tão importante e urgente tomar partido neste momento”.
Para ler a integra do manifesto, clique aqui.