3 mil Sem Terra chegam marchando em Salvador
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Após 48 quilômetros de marcha, luta e resistência, o MST na Bahia segue com a pauta “Lula Livre” e protesta contra os desmandos sofridos pela classe trabalhadora.
Partindo de Camaçari com destino à Salvador, cerca de 3 mil pessoas marcharam em repúdio à situação que está sendo vivenciada pelo ex-presidente Lula, contra a Reforma da Previdência e pela promoção da Reforma Agrária, garantida por lei.
Após sua prisão arbitrária e ilegítima, Lula segue preso sem que o sistema judiciário conseguisse provas que pudesse condená-lo. Além do Lula Livre, outras pautas estiveram presentes durante a jornada de luta.
Entre os pontos que fizeram parte da marcha vale ressaltar a Reforma da Previdência e reforma trabalhista, importantes ferramentas que estão sendo implementadas para retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Outra tema levantada pelos manifestantes foi a paralisação da reforma agrária, subdividida em outras pastas ministeriais pelo governo atual e que agora se encontra dentro do Ministério da Agricultura. A mobilização pretende pressionar o governo do da Bahia no comprimento desta pauta.
A chegada da marcha na capital baiana foi importante para o diálogo com a população soteropolitana, principalmente no que se refere ao entendimento da cidade sobre as demandas do campo. Para Rui Leite, da direção do MST na Bahia, a marcha é uma forma de mandar uma mensagem para o governo de resistência.
“A marcha tem o objetivo de mostrar à sociedade que, apesar do governo atual fazer ataques à luta social, o movimento Sem Terra resiste. Ao realizar a marcha, provamos nossa existência no campo e que precisamos ser atendidos. Para além disso, mostramos o comprometimento do MST e de toda a esquerda com”, afirma Leite.
Para Lucinéia Durães, também da direção do MST na Bahia, é reconfortante poder percorrer o trajeto em três dias e chegar com o sentimento de dever cumprido em Salvador. “Chegamos organizados, cantando músicas, com gritos de ordem e reverberando pelos quatro cantos que Lula é inocente. Fomos ouvidos e vistos pela sociedade”, conclui Durães.
Por que marchamos?
Concluir uma marcha desta magnitude não é tarefa muito fácil, mas Elizabeth Rocha, militante Sem Terra, dá dicas de como superar os obstáculos. “A marcha é o nosso instrumento maior. Ela vêm dar fôlego e força para a sociedade. É através do nosso grito e dos nossos instrumentos que o Brasil precisa reagir. Do contrário estaremos fadados à barbárie e ao massacre. Por isso nós vamos continuar a marchar. “
Editado por Fernanda Alcântara