Extração ilegal de areia ameaça assentamento Terra Prometida
Por Coletivo de Comunicação MST no Rio de Janeiro
Da Página do MST
Composto por cerca de sessenta famílias, assentados convocam representantes do Estado, a sociedade civil organizada, instituições e parceiros para se unirem na garantia das terras destinadas à reforma agrária
No mês de março, um dos lotes do assentamento Terra Prometida, que faz divisa com um areal, foi invadido para que a extração de areia continuasse. A fim de garantir a função social da terra, prevista pela constituição brasileira, os agricultores do local acionaram o Iterj, que fiscaliza os lotes do assentamento, e foram autorizados a ocupar o local na última sexta-feira (12).
Após a ocupação, indivíduos armados e identificados como policiais ameaçaram os trabalhadores rurais. O assentamento vem sendo fiscalizado pelo Ministério Público Federal, que está consolidando a ação dos órgãos responsáveis no caso, como ITERJ, INCRA e INEA. No entanto, no sábado (13), o areal voltou a ligar suas máquinas.
A região de entorno do assentamento Terra Prometida está sendo devastada pelos areais há cerca de três décadas. Localizada entre os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, a área de proteção ambiental é explorada pela prática da extração de areia, mesmo as ações configurando em crime ambiental.
No meio desse cenário complexo está o assentamento Terra Prometida, que encontra na produção de alimentos agroecológicos uma maneira de resistir. Atualmente, os agricultores produzem alimentos livres de agrotóxicos presentes em feiras, na Rede Ecológica de Consumidores do Rio e em cestas para diversas famílias. Barrar o processo de invasão do areal é uma medida urgente, que garante a manutenção de recursos naturais, segurança social, preservação do meio ambiente e soberania alimentar.
Editado por Fernanda Alcântara