MST realiza ato solidário em ocupação urbana no Paraná
Por Gabriel Melhado e Gabriel Pansardi Ruiz
Da Página do MST
Mandioca, batata doce, banana, limão, chuchu, cebolinha, abobrinha, milho, leite, iogurte. A fartura de alimentos fruto do trabalho incansável dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra, deixou o campo rumo à cidade com um objetivo especial neste último domingo (14): alimentar as famílias da ocupação Flores do Campo, situada na extrema Zona Norte de Londrina, Paraná. Entre frutas, legumes, verduras e laticínios, mais de 1,5 tonelada de alimentos foi doada à comunidade.
A iniciativa integra uma série de ações solidárias protagonizadas pelo MST neste mês, em comemoração ao Dia Internacional da Luta Camponesa, 17 de abril.
“Vir aqui hoje trazer o nosso alimento pra essas pessoas que também tão na luta pela sua moradia e por sua dignidade é uma alegria muito grande, relembra nossa luta”, aponta Baiana, integrante do MST.
Além da doação, teve porco no tacho, mandioca e salada, tudo preparado lá mesmo na ocupação. Para acompanhar a refeição, música e muito samba ao vivo.
A ação, no entanto, não foi mero apoio isolado. Articulado em colaboração com o Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), concretizou-se como um momento de aproximação entre os dois movimentos e a comunidade do Flores.
“O MST veio para nos dar força e aqui presente nos faz perceber e relembrar que o Flores do Campo precisa cada vez mais se organizar e se unir”, comenta Vânia, moradora da ocupação.
Flores do Campo
A ocupação Flores do Campo existe desde outubro de 2016. No local estavam sendo construídas unidades habitacionais por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, mas o empreendimento foi abandonado pela construtora responsável no início daquele ano. Hoje mais de 130 famílias residem e resistem ali.